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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Dezembro de 2015 às 20:36

Tendência explosiva

 Brazilian President Dilma Rousseff arrives for new Finance Minister Nelson Barbosa's installation ceremony at the Planalto Palace in Brasilia, on December 21, 2015. Barbosa replaces Joaquim Levy in the Ministry of Finance.  AFP PHOTO/EVARISTO SA

Brazilian President Dilma Rousseff arrives for new Finance Minister Nelson Barbosa's installation ceremony at the Planalto Palace in Brasilia, on December 21, 2015. Barbosa replaces Joaquim Levy in the Ministry of Finance. AFP PHOTO/EVARISTO SA


EVARISTO SA/AFP/JC
A presidente Dilma Rousseff (foto, PT) poderá ter de enfrentar outra crise política em 2016, mas, dessa vez, interna e com muita turbulência. Na última reunião do ano, ela tratou com os ministros de seu governo de temas espinhosos, como a reforma da previdência e a simplificação tributária. A reforma da previdência é praticamente uma pauta-bomba que vem do Planalto. A aceitação do tema entre os parlamentares do PT é quase nula. Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou, o PT rachou com o governo e houve uma debandada de parlamentares. Com Dilma, a ameaça do impeachment uniu os petistas em torno da presidente. Mas mudar a previdência poderá ter consequências políticas terríveis. Dilma, que antes do processo de impeachment estava mal vista por setores de seu partido, poderá implodir o consenso que se construiu ao seu redor. Já a simplificação tributária poderá ser outro vespeiro. Enquanto todos querem mudanças nos impostos, não há consenso sobre o que mudar. E qualquer modificação na estrutura tributária enfrenta ferrenha oposição dos governadores e prefeitos. Como 2016 é ano de eleições municipais, os governadores e prefeitos poderão retirar o tão precioso apoio para 2018.
A presidente Dilma Rousseff (foto, PT) poderá ter de enfrentar outra crise política em 2016, mas, dessa vez, interna e com muita turbulência. Na última reunião do ano, ela tratou com os ministros de seu governo de temas espinhosos, como a reforma da previdência e a simplificação tributária. A reforma da previdência é praticamente uma pauta-bomba que vem do Planalto. A aceitação do tema entre os parlamentares do PT é quase nula. Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou, o PT rachou com o governo e houve uma debandada de parlamentares. Com Dilma, a ameaça do impeachment uniu os petistas em torno da presidente. Mas mudar a previdência poderá ter consequências políticas terríveis. Dilma, que antes do processo de impeachment estava mal vista por setores de seu partido, poderá implodir o consenso que se construiu ao seu redor. Já a simplificação tributária poderá ser outro vespeiro. Enquanto todos querem mudanças nos impostos, não há consenso sobre o que mudar. E qualquer modificação na estrutura tributária enfrenta ferrenha oposição dos governadores e prefeitos. Como 2016 é ano de eleições municipais, os governadores e prefeitos poderão retirar o tão precioso apoio para 2018.
A continuação da CPMF
Dilma também se encontrou com governadores para tratar, entre outros assuntos, da recriação da CPMF. Mais de 10 foram, entre eles, Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal; Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro; Geraldo Alckmin, de São Paulo; Fernando Pimentel, de Minas Gerais; e Flávio Dino, do Maranhão. A CPMF, que já havia sido tratada com os ministros, é outro tema que poderá gerar crise entre aliados. A base governista já brigou por conta do tema, está rachada e poderá ficar ainda mais dividida com o novo e velho imposto.
Governo cruel
O senador gaúcho Paulo Paim (PT) vem alertando o governo sobre as ações contraditórias que vem tomando. "O governo federal propõe reformas trabalhista e da previdência social. Nem os governos antidemocráticos e neoliberais foram tão cruéis com os trabalhadores brasileiros", disse. "O objetivo do governo é revogar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - uma conquista histórica dos brasileiros. Isso é lamentável. Não aceitamos o negociado acima do legislado. Essa proposta mancha o currículo de qualquer governo. Uma vergonha. Entra governo e sai governo, e os ataques à Previdência continuam. A Previdência não é desse ou daquele governo. Ela é dos trabalhadores. Mais uma vez, querem que os trabalhadores e os aposentados brasileiros paguem a conta."
Contas de Dilma
De qualquer forma, Dilma terá que segurar essas pautas até março. Nesse mês, o Senado irá votar as contas de 2014 de Dilma. Pelo cronograma elaborado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), o relator das contas, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), tem até o dia 28 de fevereiro para apresentar parecer sobre as emendas de deputados e senadores enviadas a seu parecer. O relatório final deverá ser votado na comissão até o dia 6 de março. No parecer apresentado à CMO, Gurgacz propõe a aprovação das contas de 2014 da presidente com três ressalvas.
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