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Repórter Brasília

- Publicada em 17 de Dezembro de 2015 às 19:39

A volta de Picciani

O deputado Leonardo Quintão (PMDB) foi líder de seu partido por exatamente uma semana. No dia 9 de dezembro, ele substituiu Leonardo Picciani na liderança do PMDB depois que uma ala da sigla fez correr uma lista pedindo a substituição. A ironia é que Picciani voltou ao posto no dia 17 com a mesma estratégia. Ele pediu assinaturas para voltar à liderança e conseguiu 36 dos 69 deputados peemedebistas. Quintão havia conseguido 35. A escolha de Quintão preocupou o Planalto, que temia que ele colocasse o PMDB contra o governo. Pouco depois da escolha de Quintão, a presidente Dilma Rousseff (PT) chamou os ministros para desarmar o PMDB. Cargos e emendas foram oferecidos para isolar Quintão. Mas Picciani, que em teoria ficará na liderança até fevereiro, poderá cair antes.
O deputado Leonardo Quintão (PMDB) foi líder de seu partido por exatamente uma semana. No dia 9 de dezembro, ele substituiu Leonardo Picciani na liderança do PMDB depois que uma ala da sigla fez correr uma lista pedindo a substituição. A ironia é que Picciani voltou ao posto no dia 17 com a mesma estratégia. Ele pediu assinaturas para voltar à liderança e conseguiu 36 dos 69 deputados peemedebistas. Quintão havia conseguido 35. A escolha de Quintão preocupou o Planalto, que temia que ele colocasse o PMDB contra o governo. Pouco depois da escolha de Quintão, a presidente Dilma Rousseff (PT) chamou os ministros para desarmar o PMDB. Cargos e emendas foram oferecidos para isolar Quintão. Mas Picciani, que em teoria ficará na liderança até fevereiro, poderá cair antes.
Guerra das listas
O resultado da mudança de líder é uma "guerra de listas" dentro do PMDB. A bancada do partido, profundamente rachada, deve ficar ainda mais dividida. "Agora vamos fazer outra lista para tentar tirar Picciani. Vamos dançar uma valsa com ele", disse o deputado federal gaúcho Osmar Terra (PMDB), um dos responsáveis pela articulação para substituir Picciani por Quintão. Terra lembrou-se de outra guerra de listas em 2007. Na época, chegou a ter uma lista por dia. O problema agora é ter a maioria. Picciani pediu que três secretários estaduais do Rio de Janeiro se licenciassem para voltar ao mandato de deputado e assim inflar as suas fileiras.
Partido rachado
A "guerra de listas" mostra um PMDB cada vez mais rachado em relação ao apoio ao governo e a aliança com o PT. "Esse é o ponto da discórdia. Mas a maioria está com o governo, até porque o PMDB e o PT têm alianças locais", disse o deputado federal gaúcho José Fogaça (PMDB). De acordo com ele, os peemedebistas já saem de seus estados com uma forte aliança com o PT, como é o caso do Rio de Janeiro. Aí se abre um fosso na bancada e entre os deputados, senadores e o partido. A divisão seria de 60% governista e 40% oposicionista entre os parlamentares. Entre os que não têm mandato, a proporção é o contrário.
Tudo para se defender
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), acaba sendo uma anomalia. Oriundo do Rio de Janeiro, Cunha é contrário ao governo. "Aí são outras questões, pessoais. Não creio que ele esteja preocupado com o impeachment, mas só com ele mesmo. Isso é autodefesa", disse Fogaça.
 
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