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- Publicada em 16 de Dezembro de 2015 às 22:44

O Senhor vem!

O advento é o tempo durante o qual os cristãos são orientados a refletir sobre o modo como Deus se encarna na história humana. Durante as semanas que compõem este tempo, é considerado todo o mistério da vinda do Senhor até a sua conclusão. Há uma nota que perpassa todo o tempo: o Senhor vem! Deus entra na história! Entra na história para manifestar a sua misericórdia e salvar "todo homem de boa vontade".
O advento é o tempo durante o qual os cristãos são orientados a refletir sobre o modo como Deus se encarna na história humana. Durante as semanas que compõem este tempo, é considerado todo o mistério da vinda do Senhor até a sua conclusão. Há uma nota que perpassa todo o tempo: o Senhor vem! Deus entra na história! Entra na história para manifestar a sua misericórdia e salvar "todo homem de boa vontade".
Deus quer salvar seu povo. A história é o lugar da realização das promessas de Deus e está voltada para o "dia do Senhor". Por isso, os fiéis, peregrinando no tempo, vivem a tensão entre o "já" da salvação realizada em Cristo e o "ainda não" da sua realização em nós, na expectativa da manifestação gloriosa do Senhor, justo juiz e salvador.
Neste tempo, a comunidade de fé é exortada a cultivar a atitude da espera vigilante e jubilosa. Espera da realização das promessas divinas. E Deus é fiel. A comunidade vive esta espera na vigilância e na alegria. Portanto, durante o advento, vivemos, de forma ainda mais vigorosa, o dom da esperança: o Senhor virá!
Ao viver a esperança, o fiel é também questionado. A vinda do Senhor pressupõe atitude de vigilância e atenção; requer a superação do comodismo e da indiferença; exige conversão. A comunidade de fé é assim orientada a cultivar a atitude característica dos "pobres de Jahwé": a mansidão, a humildade, a disponibilidade, a simplicidade de coração.
Preparamo-nos para, ainda uma vez, celebrar a grandeza do mistério do Deus que, em Jesus, se faz criança na gruta de Belém. Jesus, na pobreza de uma gruta, nos revela o mistério de um Deus-Misericórdia. O próprio Jesus reconhece que esse mistério "é revelado não aos sábios e entendidos, mas aos pequeninos", aos mansos e humildes; e louva por isso o Pai. Só os que têm o coração como os pequeninos são capazes de receber a revelação do Deus-Misericórdia. Só o coração humilde e manso sente a necessidade de se aproximar do presépio, de inclinar a cabeça, dobrar os joelhos e contemplar. Ao contemplar, reza e adora; dispõe-se à aventura do Deus que se doa sem reservas, sem limites.
Muito já se escreveu sobre esse mistério. A arte buscou e busca representar o evento de inumeráveis formas. Entretanto, é dobrando os joelhos, em atitude de humildade e simplicidade, de prece e adoração, que o ser humano de todos os tempos pode, talvez, intuir e adorar, perceber e rezar. Pode-se dizer tanto sobre a encarnação do Deus-Misericórdia, mas tal não é sinônimo de compreensão. Há sempre os que se consideram sabedores do fato e, por isso, nada mais os surpreende. O Papa Francisco continuamente pede que nos "deixemos surpreender por Deus".
O Senhor vem como um "rebento". Veio envolto nos panos da nossa fragilidade; foi deitado nas palhas de um cocho. Veio no despojamento, na simplicidade, na pobreza e na humildade. Acolhamos o Senhor também na fragilidade e na simplicidade, na pobreza e na humildade, na alegria e na fé.
O mistério do Deus-Misericórdia se fez compreensível no mistério da pessoa de Jesus Cristo, marcado por abaixamento, aniquilação, humilhação, rejeição e morte. Esse é o quadro dentro do qual a misericórdia de Deus se manifestou entre nós.
Quando vivemos tempos de fundamentalismos de diversos tipos, de intolerância religiosa dissimulada em observância de normas e leis que não libertam e não promovem a vida, de indiferença generalizada, somos convidados a nos aproximar, de joelhos, do mistério da encarnação. E assim, buscar percorrer o caminho que Ele - Jesus Cristo - percorreu: o caminho da humildade, da pobreza, da mansidão, da simplicidade, da filiação, da fé! O Senhor vem para salvar e libertar!
 
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