Vocalista e guitarrista do Pink Floyd, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, o inglês David Gilmour, de 69 anos, realiza sua primeira turnê pela América do Sul, trazendo para o Brasil, a Argentina e o Chile a Rattle that Lock World Tour. Em Porto Alegre, a apresentação acontece hoje, às 21h, na Arena do Grêmio (Padre Leopoldo Brentano, 110) - os portões estarão abertos a partir das 17h. Até o fechamento desta edição, ainda havia ingressos à venda para todos os setores.
Os shows fazem parte da campanha de lançamento de seu mais recente álbum, o primeiro de inéditas em nove anos. A produtora anunciou que o espetáculo será dividido em duas partes com um intervalo de 20 minutos. O primeiro set terá 70 minutos e o encerramento terá 80 minutos.
Os shows em São Paulo, nos dias 11 e 12, e em Curitiba, 14, estiveram lotados e foram bem recebidos por público e crítica. Apesar de se tratar da turnê de lançamento de seu último trabalho, as músicas dos discos solo de Gilmour compõem apenas metade do setlist das apresentações no Brasil até aqui. A outra metade é dedicada aos clássicos de uma das bandas mais icônicas da história do rock.
A carreira de Gilmour começou em 1963, com a Joker's Wild, seu primeiro grupo. A banda mudou o nome para Flowers em 1967 e acabou se dissolvendo no mesmo ano, quando Gilmour formou os Bullitt. Foi só em 1968 que sua história com o Pink Floyd começou, convidado pelo antigo amigo de infância Syd Barrett.
A formação original, com Syd, Roger Waters, Rick Wright e Nick Mason não durou muito. O grupo fez quatro ou cinco shows com os cinco integrantes, mas logo depois, Syd foi forçado a se afastar do Floyd. Nos anos seguintes, quando o grupo acumulava sucessos, Gilmour dividia com Roger Waters a responsabilidade de compor as músicas da banda. Os dois eram os dínamos criativos do Floyd.
Mas já no final da década de 1970 surgiram desavenças entre os membros da banda e em 1985 Waters deixou o grupo. Ainda assim, o Pink Floyd ainda lançaria A momentary lapse of reason, The division bell e Pulse.
Na sua carreira solo, o inglês lançou trabalhos em 1978 e 1984. No entanto, em entrevistas, o músico aponta On an Island, de 2006, como seu melhor em 30 anos. Recentemente, em setembro de 2015, Gilmour, lançou Rattle That Lock que, com músicas inéditas, recebeu críticas divididas.
O conceito que orienta esse trabalho é razoavelmente modesto, para os padrões do Pink Floyd. As músicas - metade delas escritas em parceria com sua esposa, a autora Polly Samson - falam sobre um dia comum na vida. As letras refletem a passagem do tempo e a urgência de viver. Os solos de guitarra ainda contêm toda a poesia e a melancolia que alçaram Gilmour e o Pink Floyd ao panteão de ícones da música. E se, a julgar pelos três shows que já fez no País, as canções mais recentes não empolgam tanto o público, certamente não fazem feio.
O espetáculo em si tem um quê grandioso e hipnótico. A equipe de produção que Gilmour traz ao Brasil é composta por 150 pessoas, que se juntam a outras 150 contratadas pela produção nacional. O equipamento que ele traz ao país ocupa 10 containers, sendo que oito deles são dedicados exclusivamente ao material de iluminação e efeitos cênicos.
A banda escalada para acompanhar Gilmour pela América do Sul é formada por: Phil Manzanera (guitarra), Guy Pratt (baixo), Jon Carin (teclado), Stevie DiStanislao (bateria e percussão), Kevin McAlea (teclado), Bryan Chambers (backing vocal) e o brasileiro João Mello (sax).
Os ingressos para a pista, no terceiro lote, custam R$ 360,00 e para a pista premium, no segundo lote, R$ 610,00. Ainda existem cadeiras em três níveis: gold, gramado e superior, com valores entre R$ 260,00 e R$ 400,00. Os ingressos podem ser adquiridos nos shoppings Iguatemi (João Wallig, 1.800) e Multisom do BarraShoppingSul (Diário de Notícias, 300), ou pelo
www.blueticket.com.br.