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TwitterO que as agências de comunicação e marketing esperam de 2016? Com a participação da redação de Coletiva.net, mais de uma dezena de empresas do mercado gaúcho foram ouvidas, e o panorama final mostra que o quadro não é tão desalentador como pintam. Embora a palavra crise pontue boa parte das leituras sobre o cenário atual e futuro, os dirigentes destas empresas encaram com realismo o futuro que se aproxima. Não há frustração, ao contrário de 2014, que decepcionou, porque boa parte das expectativas estava centrada em um evento, a Copa do Mundo, que não rendeu os frutos esperados. A síntese final mostra que, apesar de tudo, nossas agências sobreviveram bem - e nesta semana e na próxima, vamos apresentar um panorama a partir do depoimento de algumas das principais de nosso mercado.
Difícil, mas com conquistas
Honorato: Com cautela em 2016
COLETIVA/DIVULGAÇÃO/JC
Honorato: Com cautela em 2016. FOTO COLETIVA/DIVULGAÇÃO/JC
A agência AMA, segundo seu presidente, Zeca Honorato, tem mais a comemorar do que lamentar. Estabeleceu uma unidade no formato in company na cidade de São Paulo em parceria com a operadora Mais AD, voltada para o público evangélico, e conseguiu crescer algo em torno de 15% em relação ao ano anterior. "A expectativa era de crescer mais de 20%, mas a situação econômica do segundo semestre afetou principalmente o varejo, que compreende uma grande parcela dos nossos clientes", disse Zeca, que aguarda 2016 com muita cautela. A principal meta será colocar em prática uma consultoria de gestão e processos, e Zeca disse que não afasta a hipótese de abrir sua empresa para possíveis propostas de sociedade. "Juntos somos mais fortes", justifica.
Renovação com expansão
Arthur Bender e Cláudio Goldsztein
FREDY VIEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Arthur Bender e Cláudio Goldsztein. FOTO FREDY VIEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
A aquisição da Embrace, que trouxe para seus quadros o executivo Cláudio Goldsztein, novas contas e a mudança de sede fizeram de 2015 um ano agitado para a Selling, que superou dificuldades e conseguiu registrar um pequeno crescimento. Seu presidente, Artur Bender, disse que se deve festejar o fato de não ter ocorrido demissões na empresa nem perda de clientes, pontos importantes em um ano de dificuldades financeiras. Para 2016, tem projeções "bem realistas e bem pé no chão", tanto que acredita que o primeiro semestre será pior que 2015, com uma maior retração do mercado. "Não há grandes expectativas, e nem dá para criar metas muito otimistas", afirmou Bender.
Salto na entrega do digital
João Satt: Fé na construção de marcas
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João Satt: Fé na construção de marcas. FOTO COLETIVA/DIVULGAÇÃO/JC
O ano de 2015 será sempre lembrado como o fim definitivo de um modelo de agência, o que produziu uma aceleração nas mudanças desenvolvidas pela Competence, segundo seu principal dirigente, João Satt Filho. A agência se reestruturou em 2015 e passou a atuar nas áreas de ativação de negócios e construção de marcas, ao mesmo tempo em que expandiu sua marca, com a consolidação das operações das unidades de Recife e Florianópolis. Satt vislumbra 2016 como um ano de desafios e confia que os projetos para o futuro são consistentes para evolução do modelo de negócios da agência. Sobre o faturamento, revelou que as metas não foram atingidas. "Ficamos abaixo do previsto, mas realizando lucro, o que nos possibilitou manter nosso programa de investimentos."
Dentro da expectativa
Sirotsky: à margem de crises
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Sirotsky: à margem de crises. FOTO COLETIVA/DIVULGAÇÃO/JC
O ano da 3yz foi bom e, mesmo em um ano desafiador, ampliou a sua base de clientes em São Paulo e conseguiu continuar crescendo, revelou seu sócio-diretor, Roberto Sirotsky. Entre as principais conquistas, destacou as contas dos 13 shoppings do Grupo Iguatemi, a Hypermarcas, a Unimed Brasil e a Ri Happy. Assim, superando dificuldades conjunturas, 2015 termina dentro da expectativa do executivo da 3yz, que, em relação a 2016, brinca: "Decidimos não participar da crise". Mesmo sendo um ano desafiador, Sirotsky acredita que sua empresa continuará crescendo, pois o digital está cada vez mais maduro, e os clientes seguem ampliando o investimento nesta frente.
Vinte clientes ativos
Davi: Mais apostas no digital
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Davi: Mais apostas no digital. FOTO COLETIVA/DIVULGAÇÃO/JC
Apesar da retração de alguns segmentos atendidos pela DZ Estúdio, 2015 foi um ano positivo para a agência. Além da conquista de novas contas, a DZ conseguiu manter 95% da sua carteira de clientes. Assim, o ano fechou com 20 clientes ativos e um crescimento de cerca de 50% em relação ao ano de 2014. Entre as principais conquistas do ano que está terminando, o sócio-diretor Davi Neves destacou a conquista de prêmios regionais e internacionais, entre eles um Grand Prix no Colunistas, medalhas de ouro, prata e bronze no Criarp e no Fepi - Festival Independente de Publicidade da Argentina. Em 2016, Davi acredita que o investimento em digital continuará crescente, "o que favorece todas as empresas com este foco, como a DZ", complementa.