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- Publicada em 20 de Dezembro de 2015 às 21:25

Estado mobiliza redes sociais contra o Aedes

Segundo o secretário João Gabbardo (d), capacitação ampliará equipe de 2,8 mil para 12 mil agentes

Segundo o secretário João Gabbardo (d), capacitação ampliará equipe de 2,8 mil para 12 mil agentes


PRISCILA DA SILVA SES/DIVULGAÇÃO/JC
Isabella Sander
Para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da febre Chikungunya, da dengue e do zika vírus, entre outros, foi lançada na sexta-feira a campanha RS Contra Aedes. O movimento é composto pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), por meio do núcleo de telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS/Ufrgs). Trata-se de uma série de medidas conjuntas de combate à proliferação do inseto no Rio Grande do Sul, através, principalmente, de meios digitais como aplicativo, redes sociais e site.
Para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da febre Chikungunya, da dengue e do zika vírus, entre outros, foi lançada na sexta-feira a campanha RS Contra Aedes. O movimento é composto pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), por meio do núcleo de telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS/Ufrgs). Trata-se de uma série de medidas conjuntas de combate à proliferação do inseto no Rio Grande do Sul, através, principalmente, de meios digitais como aplicativo, redes sociais e site.
Segundo o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo, a situação da proliferação do zika vírus pelo Brasil, responsável pela epidemia de microcefalia, é tão grave que está acima de qualquer diferença política. "Todos precisamos nos unir, pois essa, sem dúvida, é a maior dificuldade de saúde pública que já tivemos nas últimas décadas. Felizmente, o Rio Grande do Sul tem 30 dias de antecedência em relação ao Nordeste do País, porque não é uma época de reprodução do mosquito, então temos mais tempo para podermos nos preparar", afirma Gabbardo.
A campanha reúne um conjunto de ações e informações sobre prevenção e combate ao Aedes aegypti. "Hoje, temos 2,8 mil agentes de endemias. Com a capacitação a ser feita entre agentes comunitários e visitadores do programa Primeira Infância Melhor (PIM), chegaremos a 12 mil agentes", revela o secretário.
As informações estarão concentradas no site www.rscontraaedes.ufrgs.br. Além disso, o aplicativo RS Contra Aedes poderá ser baixado nos smartphones. Lá, constam informações sobre as doenças e há a possibilidade de fazer denúncias sobre os locais onde houver possibilidade de infestação do mosquito. As denúncias também podem ser realizadas das 8h às 17h30min pelo telefone 0800-645.3308, do programa TelessaúdeRS/Ufrgs, e pelo Whatsapp ou Telegram, no número (51) 9184-7821.
Conforme Erno Harzheim, coordenador do TelessaúdeRS/Ufrgs, será inserido no site um mapeamento dos locais onde há infestação de Aedes aegypti. "As pessoas poderão fazer denúncias, que serão encaminhadas ao Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs), à prefeitura e à Coordenadoria Regional de Saúde (CRS)", relata. As informações serão reunidas em uma sala de controle, em funcionamento a partir de 5 de janeiro, de onde sairão as ações efetivas.
O Simers orientará os médicos gaúchos a falarem sobre os riscos da infestação do mosquito com seus pacientes. De acordo com o presidente do sindicato, Paulo de Argollo Mendes, percebendo a gravidade da situação, a entidade decidiu se engajar diretamente na luta contra o inseto, saindo de seu papel oficial, de fiscalizadora. "Montamos um gabinete multidisciplinar de crise, com profissionais do marketing, da comunicação, economistas, advogados e médicos. O grupo está voltado para encontrar ações que possam ajudar", explica.
Argollo ressalta o fato de o zika vírus gerar doenças graves e incuráveis. "Esse vírus pode causar danos irreversíveis e da pior qualidade na vida das pessoas, como a microcefalia (má-formação do cérebro do feto), o retardo mental, o retardo motor e outras sequelas permanentes. Precisamos atentar que o filho do meu vizinho ou o meu neto podem ter retardo mental em função de um mosquito que nasceu no pátio da minha casa. Eu não posso viver com essa culpa pelo resto da minha vida. É preciso agir", enfatiza.
Para evitar a contaminação pelo zika, Gabbardo sugere que as mulheres grávidas não viajem para locais onde há epidemia e, preventivamente, usem repelente, roupas de manga longa e evitem sair nos horários nos quais o inseto é mais ativo, como no início da manhã e no final da tarde. "As gestantes precisam se cuidar como se a epidemia de zika vírus já tivesse chegado ao Rio Grande do Sul, pois não sabemos quando chegará", justifica.
Oito casos suspeitos já foram investigados no Estado. Desses, um permanece em investigação e os demais foram descartados. Há um caso confirmado de microcefalia em Novo Hamburgo, de uma paciente que contraiu a doença em uma viagem a Pernambuco, em uma cidade onde há infestação.
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