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Política

- Publicada em 04 de Novembro de 2015 às 22:01

Rejeitada mudança na mobilidade do Centro

Vereador Marcelo Sgarbossa propôs a ampliação do espaço para pedestres

Vereador Marcelo Sgarbossa propôs a ampliação do espaço para pedestres


ANTONIO PAZ/JC
A Câmara de Porto Alegre rejeitou o projeto que alterava a mobilidade urbana em vias do Centro Histórico da Capital foram 21 votos contra 7. A posição ideológica foi marcada pela maneira como os vereadores se referiam à proposta. A base do governo tratava o projeto como o fechamento de ruas para os automóveis, enquanto os apoiadores da iniciativa preferiram abordar o tema pela perspectiva da ampliação do espaço para os pedestres. "Fala-se em restrição para carros, mas esquecemos que estamos abrindo para as pessoas", enfatizou o vereador Marcelo Sgarbossa (PT), autor do projeto.
A Câmara de Porto Alegre rejeitou o projeto que alterava a mobilidade urbana em vias do Centro Histórico da Capital foram 21 votos contra 7. A posição ideológica foi marcada pela maneira como os vereadores se referiam à proposta. A base do governo tratava o projeto como o fechamento de ruas para os automóveis, enquanto os apoiadores da iniciativa preferiram abordar o tema pela perspectiva da ampliação do espaço para os pedestres. "Fala-se em restrição para carros, mas esquecemos que estamos abrindo para as pessoas", enfatizou o vereador Marcelo Sgarbossa (PT), autor do projeto.
O texto previa que serviços como o de ambulância e viaturas de polícia, além de carros dos moradores do Centro pudessem transitar pelas vias. Sgarbossa exemplificou que a prefeitura poderia fornecer um adesivo que identificasse o carro dos residentes na região. Os vereadores ligados à base do governo questionavam o método. "Como será feita a fiscalização dos carros que não são do Centro no dia a dia?", indagou o líder do governo, vereador Kevin Krieger (PP).
O vereador Alex Fraga (P-Sol) argumentou que outras cidades adotaram o sistema com eficácia. "Madri, uma cidade referência, restringiu a presença de automóveis no Centro da cidade. A cidade luz, Paris, também tem legislação sobre o tema", apontou.
Sofia Cavedon (PT) destacou que a medida pode parecer incômoda por questões culturais. "Dialogar com moradores e com o Conselho do Plano Diretor é necessário para mudar a cultura da mobilidade urbana."
A peemedebista Lourdes Sprenger apontou que medida semelhante já foi adotada anteriormente em Porto Alegre e rebateu o argumento da diminuição nos índices de violência através da aprovação do texto. "O próprio comércio local rejeitou a ideia. Se isso já não deu certo no passado, acredito que não vai melhorar, e os assaltos vão continuar existindo com a rua fechada."
As quatro emendas propostas também foram rejeitadas. A de número 1 previa a restrição de horários para a medida, que seria aplicada das 6h às 19h. Através da emenda 2, os comerciários da região teriam o direito a cadastro de dois veículos. Ambas as emendas eram de autoria da líder da oposição, vereadora Jussara Cony (PCdoB).
Um dos argumentos utilizados por Waldir Canal (PRB) para encaminhar o projeto desfavoravelmente em seu tempo de tribuna foi a falta de consulta popular. "Esse projeto deveria passar por uma audiência pública com as pessoas que seriam impactadas pela medida, como comerciantes e moradores da região". As emendas 3 e 4 condicionavam o texto ao referendo popular. A base do governo votou desfavoravelmente a elas, inclusive Canal.
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