Chega dezembro, mês do Natal. Nesta época, crianças e adultos fazem as suas tradicionais "listas para o Papai Noel". Os pedidos são variados: uma bicicleta, um livro, um brinquedo, peças de roupas, entre outros. Existem ainda pessoas que não querem ganhar nada. Cada um tem liberdade para entender as suas necessidades, os seus desejos e as suas prioridades no momento. O Papai Noel, ao receber essas encomendas, costuma presentear aqueles que realmente merecem. Isto é, os que cumpriram as suas obrigações ao longo do ano, independentemente de quais sejam, e que buscaram fazer o bem.
Nesta data, cabe uma reflexão acerca do atual cenário do nosso País. Traçando um paralelo entre a tradição natalina e o governo brasileiro, percebemos caminhos em muitos pontos opostos. Os cidadãos não têm autonomia e liberdade para decidir sobre gastos de acordo com suas reais necessidades. São sufocados por uma alta carga tributária que, quando realmente retorna como investimento por parte do Estado, é alocada em setores que por vezes não atendem às suas demandas. Além disso, uma série de entraves burocráticos desestimula a inovação e o investimento em novos negócios, impedindo a, muitas vezes merecida, ascensão de empreendedores. Estes poderiam estar movimentando a economia - que hoje está em crise -, gerando empregos, aprimorando áreas como a saúde e a educação e promovendo maior bem-estar à sociedade. No mês do Natal, além de atender à nossa lista de desejos, o "Bom Velhinho" pode nos presentear com a lembrança de alguns valores que nos dias de hoje parecem estar esquecidos pelo Estado brasileiro. A sociedade deve zelar pela liberdade individual e por um governo menos intervencionista, que preze pela meritocracia. Esses princípios podem trazer um Natal e uma vida melhor a todos nós, não é mesmo?
Administradora e associada do IEE