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Opinião

- Publicada em 10 de Novembro de 2015 às 16:38

Cemitério de formigas

Minha filha de oito anos me disse outro dia que, para uma formiga, o jardim de nossa casa era uma Floresta Amazônica. Sua fala me fez refletir sobre as dimensões, a importância dos seres, de cada um, nós como unidade entre bilhões de outras unidades humanas do nosso planeta, a individualidade, a identidade do eu no contexto de um universo que pede auxílio, e a oportunidade tão rica de se fazer valer a vida. Difícil acreditar em nossa própria espécie diante de tantas atrocidades contra ela própria, os animais e a natureza. O ser humano é capaz de atos de violência muito específicos, próprios de quem ilude sua pequenez, alimentando o mito do ser onipotente, enaltecendo o ego num quase sinônimo de sobrevivência. E assim é possível se tornar majestade num estampido, com direito a discípulos e condecorações.
Minha filha de oito anos me disse outro dia que, para uma formiga, o jardim de nossa casa era uma Floresta Amazônica. Sua fala me fez refletir sobre as dimensões, a importância dos seres, de cada um, nós como unidade entre bilhões de outras unidades humanas do nosso planeta, a individualidade, a identidade do eu no contexto de um universo que pede auxílio, e a oportunidade tão rica de se fazer valer a vida. Difícil acreditar em nossa própria espécie diante de tantas atrocidades contra ela própria, os animais e a natureza. O ser humano é capaz de atos de violência muito específicos, próprios de quem ilude sua pequenez, alimentando o mito do ser onipotente, enaltecendo o ego num quase sinônimo de sobrevivência. E assim é possível se tornar majestade num estampido, com direito a discípulos e condecorações.
Apesar de tudo: a violência urbana; as drogas; o abuso do poder; a discriminação; a corrupção; o estelionato; crimes ambientais e contra animais, idosos, crianças... E as notícias que gritam: os refugiados da Síria; os famintos da África; as guerras "santas"; o massacre na escola dos EUA, que foi parecido com o massacre anterior e o outro... Ainda acredito na existência de pessoas que elevam nossa espécie ao expoente de racionais, ao de "humanos". Um grão de areia numa praia quase infinita, ou quem sabe somos apenas uma formiguinha prestes a ser mais uma a ocupar o "Cemitério de Formigas", no que se transformou nosso planeta.
Todavia, enquanto houver alguém se sabendo do tamanho e importância de uma formiga em meio ao jardim que tem a dimensão de floresta se comparado a ele próprio, mas que mesmo assim fará de tudo para carregar enorme folha pelo simples fato de que é a parte que lhe cabe na sua sociedade, ali estará a esperança de que é possível a conjunção entre individual e coletivo, é possível se fazer jus ao bem maior: nossa vida na vida dos outros.
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