Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Imigração

- Publicada em 29 de Novembro de 2015 às 17:34

UE e Turquia fecham acordo para conter fluxo de imigrantes

A União Europeia (UE) e a Turquia chegaram a um acordo sobre como conter o fluxo de imigrantes para o continente, segundo informou ontem o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. "Nosso principal objetivo é conter o fluxo de imigrantes para a Europa. Após muitas semanas de trabalho duro, nós chegamos a um acordo que eu espero que seja aceito por todas as partes", comentou ao chegar para um reunião de cúpula em Bruxelas.
A União Europeia (UE) e a Turquia chegaram a um acordo sobre como conter o fluxo de imigrantes para o continente, segundo informou ontem o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. "Nosso principal objetivo é conter o fluxo de imigrantes para a Europa. Após muitas semanas de trabalho duro, nós chegamos a um acordo que eu espero que seja aceito por todas as partes", comentou ao chegar para um reunião de cúpula em Bruxelas.
Tusk disse esperar que a reunião de ontem reforce os laços entre a Europa e a Turquia, que ele classificou como um "parceiro essencial" do bloco. Um dos principais pontos do acordo é que as autoridades turcas reforcem seus controles de fronteira, em troca de um pacote de quase € 3 bilhões da UE, em dinheiro e outros benefícios. Entre esses benefícios está uma aceleração no processo de adesão da Turquia ao bloco e a volta das negociações para que os turcos não precisem mais de visto para entrar na Europa.
A UE vem pressionando a Turquia para melhorar os controles na sua fronteira marítima com a Grécia, que é uma das principais rotas de entrada dos imigrantes na Europa. Apesar de Tusk ter anunciado o acordo, ainda existem dúvidas de ambas as partes e a ausência do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no encontro é um sinal de que nem tudo está acertado. Outro ponto problemático é a postura do Chipre, que faz parte da UE e tem uma divergência histórica com a Turquia.
Entre os pontos do acordo está a intensificação, por parte da Turquia, das patrulhas no Mar Egeu e nas fronteiras terrestres com a Grécia e a Bulgária. Além disso, as autoridades devem reforçar o combate a gangues de tráfico humano, e o país concordou em aceitar de volta refugiados que tiverem os pedidos de asilo negados.
A Europa lida neste ano com o maior fluxo de imigrantes desde a Segunda Guerra Mundial. Mais de 700 mil refugiados, boa parte da Síria, chegaram ao bloco via Turquia, segundo dados da Organização Internacional de Migração.

Imigrantes entram em conflito com policiais na fronteira da Grécia com a Macedônia

Para controlar entrada, Macedônia construiu uma cerca na fronteira

Para controlar entrada, Macedônia construiu uma cerca na fronteira


ROBERT ATANASOVSKI/AFP/JC
Imigrantes na fronteira entre a Macedônia e a Grécia entraram em confronto com a polícia no sábado, revoltados com a construção de uma cerca pelas autoridades macedônias e após um acidente grave com um jovem marroquino. O governo da Macedônia diz que 18 policiais ficaram levemente feridos nos combates, que foram breves, mas intensos. Não há informações oficiais sobre o número de imigrantes feridos, embora a polícia tenha usado balas de borracha e bombas de efeito moral. A Cruz Vermelha e outras organizações não governamentais dizem ter atendido 20 feridos.
As tensões na região aumentaram após um marroquino de 24 anos ser acidentalmente eletrocutado em cima de um trem, quando tentava cruzar a fronteira. Centenas de imigrantes estão isolados na região, no lado grego, após a Macedônia ter decidido no começo deste mês, juntamente com Sérvia, Croácia e Eslovênia, deixar passar apenas refugiados de "zonas de guerra" do Afeganistão, Iraque e Síria.
O porta-voz do governo da Macedônia, Aleksandar Gjorgjiev, explicou que o país começou a construir uma cerca na fronteira com a Grécia para evitar a transposição ilegal e forçar que os imigrantes passem pelo posto de checagem. "A fronteira continuará aberta e todos os imigrantes de zonas de guerra poderão entrar", afirmou. Os imigrantes estão acampados na beira da linha férrea, impedindo o tráfego de trens há 11 dias.