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Internacional

- Publicada em 26 de Novembro de 2015 às 23:21

Dirigente da oposição é assassinado

Um dirigente do partido oposicionista Ação Democrática (AD) foi assassinado na noite de quarta-feira durante o comício em Altagracia de Orituco, no estado de Guárico, no Centro da Venezuela. O incidente eleva as tensões na campanha eleitoral para o Legislativo do país, assolada por alguns eventos violentos nos últimos dias. A votação está marcada para 6 de dezembro.
Um dirigente do partido oposicionista Ação Democrática (AD) foi assassinado na noite de quarta-feira durante o comício em Altagracia de Orituco, no estado de Guárico, no Centro da Venezuela. O incidente eleva as tensões na campanha eleitoral para o Legislativo do país, assolada por alguns eventos violentos nos últimos dias. A votação está marcada para 6 de dezembro.
A morte de Luis Manuel Díaz, secretário-geral do partido Ação Democrática (AD) no município de Altagracia do Orituco (centro), foi atribuída por simpatizantes a grupos armados ligados ao governo chavista e sucede uma série de ataques contra a campanha opositora. Segundo testemunhas, Díaz, que não era candidato, estava no palanque de um evento partidário quando foi alvejado, às 19h30min locais, por tiros disparados de um carro. Uma integrante da juventude do partido foi ferida.
Estava presente no evento Lilian Tintori, mulher do opositor Leopoldo López, que está preso há um ano e meio sob acusação de instigar violentos protestos antigoverno. Horas antes, Lilian havia relatado no Twitter que participantes do comício haviam sido alvos de ataques com pedras.
No domingo passado, o comboio que levava o candidato a deputado do partido Primeiro Justiça foi cercado por homens armados que o impediram de fazer campanha em uma favela de Caracas. Os agressores usavam camisetas vermelhas do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, chavista). "Está claro que não se trata de fatos isolados. São ataques coordenados. Onde está a missão da Unasul, que até agora não disse nada?", disse o deputado Leomagno Flores, do AD. Ele se referia aos representantes da União de Nações Sul-Americanas, alguns dos quais já chegaram à Venezuela para acompanhar a eleição sob críticas de complacência com o chavismo.
Opositores denunciaram nos últimos dias ao menos seis incidentes violentos ocorridos em Caracas e em outras cidades do interior. O presidente da Assembleia Nacional, o deputado governista Diosdado Cabello, atacou nesta quarta-feira a oposição, dizendo que virou "moda" ao denunciar que "grupos armados chavistas" o estão atacando.
A campanha eleitoral para a eleição legislativa na Venezuela começou em 13 de novembro, com pouco entusiasmo e modesto eventos e propagandas, em uma mostra da grave crise econômica que assola o país sul-americano, caracterizada por uma inflação galopante e severos problemas de escassez de alimentos e outros itens básicos. A oposição, que pela primeira vez em 17 anos figura como favorita para vencer uma eleição, acusa o governo do presidente Nicolás Maduro de utilizar meios estatais e recursos públicos para fazer campanha. Os governistas, por sua vez, dizem que a oposição busca gerar violência para afetar o processo eleitoral.
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