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Internacional

- Publicada em 11 de Novembro de 2015 às 14:50

Nobel da Paz convoca reunião com militares após vitória em eleições

LND conquistou 90% das cadeiras na Câmara Baixa do Parlamento

LND conquistou 90% das cadeiras na Câmara Baixa do Parlamento


ROMEO GACAD/AFP/JC
Após seu partido anunciar a conquista da maioria das cadeiras do Parlamento de Mianmar em eleições históricas, a líder pró-democracia e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi pediu uma reunião de reconciliação com o governo e com a cúpula do Exército. "Os cidadãos expressaram sua vontade nas eleições", escreveu Suu Kyi em uma carta dirigida ao comandante do Exército, Min Aung Hlaing, ao presidente Thein Sein e ao líder do Parlamento, Shwe Mann. "Desejo convidá-los a discutir a reconciliação na próxima semana, quando for conveniente."
Após seu partido anunciar a conquista da maioria das cadeiras do Parlamento de Mianmar em eleições históricas, a líder pró-democracia e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi pediu uma reunião de reconciliação com o governo e com a cúpula do Exército. "Os cidadãos expressaram sua vontade nas eleições", escreveu Suu Kyi em uma carta dirigida ao comandante do Exército, Min Aung Hlaing, ao presidente Thein Sein e ao líder do Parlamento, Shwe Mann. "Desejo convidá-los a discutir a reconciliação na próxima semana, quando for conveniente."
O ministro da Informação e porta-voz presidencial, Ye Htut, afirmou, nas redes sociais, que o presidente havia respondido a carta ontem dizendo que "a reunião seria agendada quando os trabalhos da Comissão Eleitoral da União forem concluídos".
Segundo os resultados parciais da apuração da eleição, realizada domingo, a Liga Nacional pela Democracia (LND) conquistou 90% das cadeiras em disputa na Câmara Baixa do Parlamento. A vantagem da legenda também se confirmou na Câmara Alta e em diversos Legislativos regionais.
Durante quase cinco décadas, Mianmar foi governado pelas Forças Armadas. O regime foi transferido, em 2011, para um governo semicivil, que ainda se mantém sob grande influência dos militares.
As últimas eleições legislativas livres no país haviam acontecido em 1990, com uma grande vitória da LND. Suu Kyi não participou daquela campanha porque estava em prisão domiciliar, e a junta militar não reconheceu o resultado.
O governo da antiga Birmânia prometeu "transferir o poder pacificamente". "Como governo, nos submetemos à escolha dos eleitores, e transferiremos o poder pacificamente", disse Ye Htut. A chegada ao poder pelo partido de Suu Kyi representaria uma mudança histórica na vida política do país.
Ainda assim, caso a transição política ocorra pacificamente, os militares ainda manterão controle dos ministérios da Defesa, do Interior e da Segurança de Fronteiras. As Forças Armadas também controlarão setores da economia e terão reservadas para si 25% das cadeiras do Parlamento, podendo, assim, barrar a aprovação de emendas constitucionais.
Apesar de sua vitória eleitoral, a líder do movimento pró-democracia não estaria legalmente autorizada a assumir o governo de Mianmar. Uma emenda constitucional redigida pelos militares proíbe que pessoas com familiares estrangeiros assumam a presidência. O marido de Suu Kyi é britânico, e os filhos do casal possuem passaportes do Reino Unido. Apesar disso, ela já afirmou que estaria "acima do presidente".
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