A Rússia e o Egito rejeitaram, nesta quinta-feira, as alegações do Reino Unido e dos Estados Unidos de que uma bomba implantada pelo Estado Islâmico (EI) poderia ter derrubado o avião da companhia aérea russa Metrojet na Península do Sinai no sábado passado, dizendo que a acusação era prematura.
O porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, Dmitry Peskov, insistiu que investigadores especialistas em aviação estavam trabalhando em todas as teorias possíveis a respeito da queda do avião, que matou todas as 224 pessoas a bordo. "Não podemos descartar uma única teoria, mas, neste momento, não existem razões para expressar apenas uma teoria tão confiável. Só os investigadores podem fazer isso", argumentou Peskov.
Nesta quinta-feira, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, disse que há uma possibilidade significativa de o acidente ter sido causado por uma bomba e que, por causa disso, a Grã-Bretanha suspendeu todos os voos para a Península do Sinai e os que voltariam de lá. As autoridades egípcias condenaram tal proibição, caracterizando-a como uma reação exagerada.
O presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, viajou a Londres para uma reunião com o primeiro-ministro, David Cameron. O EI reivindicou a responsabilidade pelo acidente, mas não ofereceu nenhuma prova. El-Sissi chamou a reivindicação de "propaganda", projetada para constranger seu governo.
A Metrojet suspendeu todos os voos de jatos Airbus A321 de sua frota. A empresa descartou a possibilidade de um erro do piloto ou uma falha técnica como uma possível causa do acidente. Na quarta-feira, os EUA informaram que comunicações interceptadas por agências de inteligência mostraram que um grupo filiado ao EI plantou um dispositivo explosivo no avião.