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- Publicada em 01 de Dezembro de 2015 às 22:19

MEC quer dar mais destaque à História do Brasil e das Américas

Suzy Scarton
As atuais aulas de História no Ensino Fundamental e Médio podem sofrer modificações. Atualmente, não há uma ementa padrão a ser seguida e as escolas optam por repassar uma visão eurocêntrica e cronológica da história mundial. Uma nova proposta elaborada por especialistas convidados pelo Ministério da Educação (MEC) diz respeito ao ensino da História das Américas, da África e dos povos indígenas nos dois primeiros anos. A História Antiga europeia, como as civilizações antigas de Grécia e Roma, ficariam em segundo plano.
As atuais aulas de História no Ensino Fundamental e Médio podem sofrer modificações. Atualmente, não há uma ementa padrão a ser seguida e as escolas optam por repassar uma visão eurocêntrica e cronológica da história mundial. Uma nova proposta elaborada por especialistas convidados pelo Ministério da Educação (MEC) diz respeito ao ensino da História das Américas, da África e dos povos indígenas nos dois primeiros anos. A História Antiga europeia, como as civilizações antigas de Grécia e Roma, ficariam em segundo plano.
O projeto da proposta curricular ainda deve ser discutido pelo menos até o final do primeiro semestre de 2016. Para Sirlei Cegóz, professora de História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), esse tipo de discussão é fundamental para o ensino, não só de História, mas de todas as disciplinas. “É uma tentativa de dar mais sentido ao ensino da disciplina. Muitos alunos se perguntam o motivo de estarem estudando tais assuntos. A educação no Brasil passa por certa crise, e a questão é como podemos renovar esses processos educacionais”, pondera Sirlei. Na semana passada, o Grupo de Trabalho de Ensino de História e Educação da Associação Nacional de História do Rio Grande do Sul se encontrou na sala 503 do prédio da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para debater a questão.
De acordo com Sirlei, a proposta do MEC não chega a romper com a cronologia da história mundial. “Eles partem do Brasil, seguindo a ordem dos acontecimentos. Isso não impede que o professor retorne à Europa. Não há como discutir o modelo de colonização brasileira sem voltar à Europa, por exemplo”, reconhece. A professora também admite que o documento ainda está confuso e precisa ser enxugado.
De qualquer modo, trata-se de questão relevante. “Os livros didáticos também precisariam ser alterados e, da mesma forma, teríamos de decidir como serão aplicadas as provas nacionais”, alerta. As diretrizes universitárias deverão ser modificadas. “Há muito se discute, em âmbito universitário, uma nova formação de professores. O que é um professor na atualidade?”, questiona. Para a professora, é perceptível que o ensino atual, fragmentado, está ultrapassado, e que a educação carece de um ensino interdisciplinar.
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