Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 11 de Novembro de 2015 às 16:06

Surto de microcefalia em bebês alarma ministério

Infecçção durante a gestação pode ser uma das causas da doença

Infecçção durante a gestação pode ser uma das causas da doença


JOÃO MATTOS/JC
O Ministério da Saúde declarou ontem estado de emergência sanitária nacional em razão de um surto identificado em Pernambuco de nascimento de bebês com microcefalia, malformação que causa sérias deficiências de desenvolvimento. Até o momento, foram notificados 141 casos em 55 cidades - a maioria registrada nos meses de setembro e outubro. O número é 15 vezes superior à média apresentada no período de 2010 a 2014: nove casos por ano. Há ainda notificações no Rio Grande do Norte e na Paraíba, mas em menores proporções.
O Ministério da Saúde declarou ontem estado de emergência sanitária nacional em razão de um surto identificado em Pernambuco de nascimento de bebês com microcefalia, malformação que causa sérias deficiências de desenvolvimento. Até o momento, foram notificados 141 casos em 55 cidades - a maioria registrada nos meses de setembro e outubro. O número é 15 vezes superior à média apresentada no período de 2010 a 2014: nove casos por ano. Há ainda notificações no Rio Grande do Norte e na Paraíba, mas em menores proporções.
O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Cláudio Maierovitch, afirmou que não há registros de uma situação como essa na história recente. A partir do decreto, um grupo de especialistas será formado para investigar as causas do aumento tão significativo do número de casos. Bebês com microcefalia nascem com perímetro cefálico menor do que a média. O problema pode ser provocado por uma série de fatores, desde desnutrição da mãe, abuso de drogas até infecções durante a gestação, como rubéola, toxoplasmose ou citomegalovírus.
Uma das suspeitas da equipe que investiga o surto é a contaminação da mãe pelo zika. Transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito da dengue, o vírus causa uma reação que até agora era considera pouco relevante: febre baixa, coceiras e manchas vermelhas pelo corpo. A doença chegou ao Brasil neste ano e atingiu principalmente estados do Nordeste.
O aumento de casos de bebês com microcefalia coincide com período em que gestantes poderiam ter tido contato com o vírus. No início do ano, Pernambuco enfrentou uma epidemia de dengue e zika. Foram contabilizadas 113.328 infecções, cinco vezes mais do que em 2014.
O caso foi comunicado à Organização Pan-Americana de Saúde e ao Ministério da Saúde. Há duas semanas, um grupo da Vigilância em Saúde está no local para analisar as hipóteses. Mães e bebês estão sendo submetidos a exames para identificar a presença de situações em comum que possam levar à origem do surto.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas equipes é o fato de não existir um exame específico para o zika. O teste realizado para confirmação dos casos tenta encontrar traços do DNA do vírus.
No Rio Grande do Norte, até o início desta semana, haviam sido identificados dez bebês nascidos com microcefalia. Há ainda outras 11 gestantes com bebês que já tiveram o diagnóstico da malformação. Das analisadas, 70% apresentaram relatos de manchas pelo corpo e coceiras durante os primeiros meses de gravidez.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO