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Economia

- Publicada em 26 de Novembro de 2015 às 16:10

Após acidente em Mariana, Vale deixa índice de sustentabilidade da Bolsa em 2016

Agência Estado
As ações da Vale não farão mais parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa em 2016. Atualmente a companhia tem o maior peso na listagem, que vigora até o fim do ano. A Vale deixa o índice após a tragédia ambiental causada pelo rompimento das barragens da Samarco em Mariana (MG), empresa na qual detém 50% de participação. Além disso, a mineradora também é processada por crimes ambientais em Nova Lima (MG).
As ações da Vale não farão mais parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa em 2016. Atualmente a companhia tem o maior peso na listagem, que vigora até o fim do ano. A Vale deixa o índice após a tragédia ambiental causada pelo rompimento das barragens da Samarco em Mariana (MG), empresa na qual detém 50% de participação. Além disso, a mineradora também é processada por crimes ambientais em Nova Lima (MG).
Os fatos levam ao questionamento da permanência da empresa no índice, que é uma referência sobre companhias que realizam ações que visam a sustentabilidade e a responsabilidade social.
A nova carteira do ISE foi divulgada nesta quinta-feira, 26, pela BM&FBovespa, que não comenta casos específicos. A presidente do Conselho Deliberativo do ISE, Sonia Favaretto, destaca que conceitualmente não há exclusão da carteira, mas explicou que o fato de uma empresa estar na carteira de 2015 e não na de 2016 tem duas explicações: ou a empresa não participou do processo ou não se qualificou: "Percebemos empresas fazendo mudanças de estrutura do ponto de vista de sustentabilidade. Algumas, por motivos estratégicos, decidiram não participar."
No entanto, ela destaca que existe confidencialidade em relação às empresas que participaram ou não do processo de avaliação para a listagem.
A listagem vai vigorar de 04 de janeiro de 2016 a 29 de dezembro de 2016. Ao todo são 40 ações de 35 empresas, sendo que a carteira anterior era composta por 40 companhias. A nova carteira, de acordo com a BM&FBovespa, representa 16 setores e soma R$ 960,52 bilhões em valor de mercado, o equivalente a 44,75% do total do valor das companhias com ações negociadas na Bolsa, considerando o fechamento de 24 de novembro. Em relação à carteira anterior, Cesp e Oi são as novidades no novo portfólio do ISE. Além da Vale, Coelce, Gerdau, Gerdau Metalúrgica, JSL e Sabesp também não vão compor o índice no ano que vem.
Para Sônia, a redução do número de companhias listadas no índice não significa uma perda de atratividade: "Não será um retrocesso termos menos empresas na carteira, porque isso é uma fotografia do ano. Por outro lado, tivemos cinco novas empresas que nunca participaram do ISE, o que nunca vimos pelo menos nos últimos três anos."
Outro destaque, segundo a presidente do conselho do ISE, foi um aumento da transparência por parte das companhias, com 94% das empresas autorizando a abertura das respostas do questionário. A ideia, disse, é que a abertura das respostas seja obrigatória já na próxima carteira.
Da listagem que entrará em vigor em 2016, 75% das empresas incluem avaliações e discussões periódicas de temas socioambientais nas reuniões do Conselho de Administração ou de comitês que se reportam a ele. Além disso, 100% delas publicam Relatório de Sustentabilidade, conforme as diretrizes da Global Reporting Iniciative (GRI).
Nos últimos dez anos, o ISE teve rentabilidade de +128,88%, contra +51,28% do Ibovespa (Base de fechamento em 24/11/2015). No mesmo período, o ISE teve menor volatilidade: 25,57% em relação a 42,81% do Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro.
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