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Economia

- Publicada em 25 de Novembro de 2015 às 22:37

Preços internacionais não ajudam o agronegócio

Alta da moeda americana foi insuficiente para anular queda da soja

Alta da moeda americana foi insuficiente para anular queda da soja


JONNE RORIZ/AE/JC
O volume exportado pelo agronegócio brasileiro avança para bater o recorde de 2013. No entanto, cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, sinalizam que, pelo segundo ano consecutivo, o faturamento em dólar vai diminuir. Até setembro, a diferença negativa estava em 12%, comparativamente aos nove primeiros meses de 2014 – o acumulado era de aproximadamente US$ 67 bilhões. Com a ajuda do câmbio, a receita agregada do setor, em reais, vai para o positivo, mas o ganho está em apenas 2,5%.
O volume exportado pelo agronegócio brasileiro avança para bater o recorde de 2013. No entanto, cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, sinalizam que, pelo segundo ano consecutivo, o faturamento em dólar vai diminuir. Até setembro, a diferença negativa estava em 12%, comparativamente aos nove primeiros meses de 2014 – o acumulado era de aproximadamente US$ 67 bilhões. Com a ajuda do câmbio, a receita agregada do setor, em reais, vai para o positivo, mas o ganho está em apenas 2,5%.
No mesmo comparativo (janeiro a setembro de 2015 frente a igual período de 2014), o real se desvaloriza 15%, mas a queda dos preços em dólares é de 18,7%. Com isso, em reais, os preços de venda ao exterior estiveram 6% menores.
Entre os produtos tradicionalmente exportados, apenas café, açúcar e carne bovina não tiveram aumento de volume no comparativo dos primeiros nove meses de 2015 com o mesmo período de 2014, conforme cálculos do Cepea. Já entre os que avançam, o destaque tem sido o óleo de soja, com expansão de 20,4%. Seus principais compradores foram Índia, responsável por 41,9% das vendas brasileiras na parcial deste ano, e China, com 15,8%.
Outros produtos que também tiveram aumento do volume embarcado foram: frutas (16,5%), suco de laranja (15,2%), milho (11,3%), soja em grão (11%), madeira (9,6%), celulose (7,9%), carne suína (6,8%), carne de aves (6,2%), farelo de soja (5,4%) e etanol (3,5%). Os embarques de café tiveram ligeira diminuição (0,36%), enquanto as vendas externas das carnes bovinas (16,25%) e de açúcar (5%) tiveram quedas mais expressivas.
Por outro lado, quase todos os produtos tiveram queda dos preços de exportação. No comparativo dos nos nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período de 2014, somente o café teve aumento, de 3,02%. O etanol apresentou a baixa mais acentuada, de 25,1%, seguido pela soja em grão (24,4%), farelo de soja (23,12%), carne suína (21,9%), óleo de soja (19,2%), açúcar (16,2%), carne de aves (13,1%), milho (12,1%), frutas (8,33%), suco de laranja (8,21%), carne bovina (6,69%), celulose (6,22%) e madeira (5,77%).
Mas, sob o efeito do câmbio, madeira, celulose, carne bovina, suco de laranja, frutas, milho e das carnes de aves conseguiram ter seus preços internalizados em reais maiores que os do mesmo período do ano passado. Já o complexo da soja, carne suína, açúcar e o etanol continuam no negativo – o câmbio não foi suficiente para compensar toda a queda do preço externo.
O volume exportado pelo agronegócio brasileiro aumentou 256% entre 2000 e 2015 (médias anuais). Os preços externos apresentaram tendência de crescimento no início da série (2000), mas houve reversão desde 2011, e que se acentuou em 2015. No entanto, comparando-se a média dos primeiros nove meses de 2015 com a de 2000, ainda há alta dos preços em dólar na casa de 68%, acima da valorização do real neste período (42%). Desde 2005, por exemplo, na média dos principais produtos exportados, a atratividade das exportações (preços em reais) tem oscilado pouco e se mantido em níveis próximos ao observado no ano 2000. Em 2015, os preços em reais estão apenas 2% menores que os de 2000.
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