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Economia

- Publicada em 25 de Novembro de 2015 às 12:57

Delcídio ofereceu mesada de R$ 50 mil para Cerveró

Relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Teori Zvascki informou nesta quarta-feira (25) que um dos motivos da prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi a oferta de uma "mesada" de pelo menos R$ 50 mil para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fechasse acordo de delação premiada na investigação que apura um escândalo de corrupção na Petrobras. O relato do ministro foi feito no início da sessão da Segunda Turma do STF, que se reúne de forma extraordinária para discutir a prisão do senador. A acusação foi apresentada a Teori pela Procuradoria Geral da República.
Relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Teori Zvascki informou nesta quarta-feira (25) que um dos motivos da prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi a oferta de uma "mesada" de pelo menos R$ 50 mil para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fechasse acordo de delação premiada na investigação que apura um escândalo de corrupção na Petrobras. O relato do ministro foi feito no início da sessão da Segunda Turma do STF, que se reúne de forma extraordinária para discutir a prisão do senador. A acusação foi apresentada a Teori pela Procuradoria Geral da República.
A Procuradoria apontou ainda que Delcídio indicou que teria condições de influir sobre ministros do Supremo para garantir a liberdade de Cerveró e chegou a tratar de uma eventual rota de fuga do ex-diretor caso a Justiça concedesse um habeas corpus a ele. Delcídio teria indicado que a saída ideal de Cerveró seria pelo Paraguai, recomendando que ele fosse para a Espanha.
Em relação ao banqueiro André Esteves, que também foi preso nesta quarta, os investigadores sustentam que ele teria oferecido apoio financeiro à família de Cerveró para que também não fosse citado na delação. Além disso, teria sido prometido ao advogado Edson Ribeiro, que cuidava da defesa de Cerveró, pagamento de R$ 4 milhões em honorários para que o ex-diretor não firmasse delação.
Um mandado de prisão contra Ribeiro também foi emitido, mas ele não foi detido porque está nos Estados Unidos. Segundo fontes da PF, o ministro Teori pedirá que seu nome seja incluído na lista da Interpol.
As tratativas do senador e do banqueiro foram gravadas por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras. A última reunião do grupo para discutir o acordo teria ocorrido na quinta-feira (19). Segundo os investigadores, mesmo após a deflagração da Operação Lava Jato, ainda neste mês cargos na Petrobras estavam sendo negociados de forma indevida.
A PF informou que a gravação foi obtida inicialmente pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e passou "ao conhecimento" da PF. Todos os mandados de prisão e de busca e apreensão foram elaborados e submetidos ao STF pela PGR. Em relação à influência de Delcídio no STF, ele teria indicado interlocução com os ministros Dias Toffoli e Teori Zavascki, discutido estratégia para se aproximar de Gilmar Mendes e tentado marcar encontros com Edson Fachin.
Em nota, o BTG Pactual afirma que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e que vai colaborar com as investigações. A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do senador nem com o advogado Ribeiro.
Folhapress
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