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Economia

- Publicada em 23 de Novembro de 2015 às 19:25

Mercado financeiro prevê inflação acima da meta em 2016

Mesmo antes de entrar em 2016, o mercado financeiro passou a prever que o Banco Central (BC) não conseguirá colocar a inflação dentro do teto da meta. Além disso, ampliou a projeção para o IPCA de 2017. No Relatório de Mercado Focus divulgado ontem pela instituição, os analistas que participam da consulta semanal do BC apontam para uma inflação de 6,64% no próximo ano e de 5,10% no seguinte. O percentual que o BC não poderia deixar ultrapassar em 2016 é de 6,50%.
Mesmo antes de entrar em 2016, o mercado financeiro passou a prever que o Banco Central (BC) não conseguirá colocar a inflação dentro do teto da meta. Além disso, ampliou a projeção para o IPCA de 2017. No Relatório de Mercado Focus divulgado ontem pela instituição, os analistas que participam da consulta semanal do BC apontam para uma inflação de 6,64% no próximo ano e de 5,10% no seguinte. O percentual que o BC não poderia deixar ultrapassar em 2016 é de 6,50%.
Para este ano, a estimativa para o IPCA também subiu mais um degrau e agora está em 10,33%. Este aumento está vinculado à elevação dos preços prevista para o curto prazo. Para a inflação de novembro, por exemplo, a Focus mostra uma taxa de 0,85% ante 0,66% da semana passada. Em dezembro, a tendência também foi de elevação, com a perspectiva de 0,75% na pesquisa anterior sendo substituída pela variação de 0,82%.
Apesar da proximidade do final do ano, as expectativas para os preços administrados ainda mostram força e aumentaram para 17,43%. Para 2016, ficaram estacionadas em 7,00%. Este conjunto de itens tem sido apontado pelo BC como o principal vilão da inflação deste ano. De acordo com o diretor de Política Econômica, Altamir Lopes, a pressão dos administrados tem sido mais intensa e duradoura do que o previsto inicialmente.
A piora das projeções para a inflação na Focus foram acompanhadas de mais conservadorismo em relação ao comportamento da taxa básica de juros, Selic. Esta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) voltará a se reunir no último encontro do ano, mas o consenso é o de que a taxa ficará congelada em 14,25% ao ano - patamar visto desde julho.
A expectativa é a de que o colegiado apenas opte por uma redução da Selic em outubro do ano que vem - até a semana passada a perspectiva sobre o momento de baixa era setembro. No encerramento de 2016, de acordo com o boletim Focus, a taxa estará em 13,75% ao ano e 2017, em 11,50% ao ano. Para a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), as elevações dos juros ocorridas desde março de 2013 já causam “grande impacto” nas taxas das operações de crédito, que acabaram subindo mais do que a Selic.
A expectativa para os índices de preço no atacado, que sentem mais as variações do dólar, avançou no levantamento feito pelo BC com cerca de 120 casas. Está em 10,38% no caso do IGP-M de 2015 e em 10,90% no do IGP-DI. Para 2016, as projeções estão mais amenas, mas também continuam em trajetória ascendente: 6,29% e 6,11%.
A persistência da alta da inflação e das projeções se dá mesmo com o contínuo processo de revisão das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) do País. Na pesquisa Focus, o mercado aponta para uma retração de 3,15% este ano e de 2,01% no próximo. Em 2015, de acordo com os cálculos dos economistas do setor privado, a produção industrial terá queda de 7,50%. No ano que vem, a baixa esperada é de 2%.
Poucas alterações foram vistas na Focus para o câmbio, que deve encerrar este ano cotado a R$ 3,95 e 2016, comercializado a R$ 4,20. Apesar disso, continuou a melhora para o setor externo. O déficit das transações correntes apontado na Focus está em US$ 64,35 bilhões para este ano e em US$ 39,10 bilhões para o próximo. Isso levando em conta superávit de US$ 14,95 bilhões da balança comercial em 2015 e de um saldo positivo de US$ 31,78 bilhões em 2016.
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