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Economia

- Publicada em 16 de Novembro de 2015 às 18:01

Boletim Focus prevê IPCA acima de 10% em 2015


A previsão para a inflação neste ano rompeu a barreira dos dois dígitos, o que não acontecia desde 2003. De acordo com a pesquisa semanal que o Banco Central (BC) faz com insti tuições financeiras, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 9,99% para 10,04%.
A previsão para a inflação neste ano rompeu a barreira dos dois dígitos, o que não acontecia desde 2003. De acordo com a pesquisa semanal que o Banco Central (BC) faz com insti tuições financeiras, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 9,99% para 10,04%.
Foi a nona alta seguida da projeção para o índice oficial, que se distancia cada vez mais da meta de 4,5% neste ano com margem de tolerância de 2 pontos percentuais. Para 2016, a estimativa para inflação encostou no teto: passou de 6,47% para 6,5%, na 15ª elevação consecutiva da estimativa.
O aumento do pessimismo em relação à inflação no boletim Focus ocorreu mesmo com uma perspectiva menor para o câmbio. A previsão para o dólar no fim deste ano caiu de R$ 4,00 para R$ 3,96. Para 2016, a projeção continuou em R$ 4,20 no encerramento do ano. No entanto, os analistas acreditam que o dólar ficará em um patamar mais baixo durante um ano. Por isso, a cotação média da moeda americana caiu de R$ 4,11 para
R$ 4,08 durante todo o período.
A expectativa para a alta dos preços administrados em 2016 piorou pela nona semana seguida e chegou a 7%, contra 6,95% antes. Para 2015, segue em 17%.
O BC mudou recentemente o discurso e passou a destacar que fará o que for preciso para levar a inflação ao centro da meta em 2017, quando antes dizia que esse nível seria atingindo ao fim de 2016. Além de ter de lidar com uma inflação de dois dígitos, o brasileiro conviverá com forte recessão neste e no próximo ano. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano não piorou de uma semana para outra. Foi mantida em queda de 3,10%. Já a estimativa para 2016 chegou aos 2% na sexta diminuição seguida.
O cenário para a produção industrial também piorou para 2016, chegando a uma contração de 2,15%, sobre queda de 2% na semana anterior.
O levantamento, que abrange uma centena de especialistas, não mostrou, desta vez, alteração na perspectiva para a taxa básica de juros no fim do ano que vem, permanecendo em 13,25%. Também foi mantido o cenário de que a Selic encerrará este ano nos atuais 14,25%.
A pesquisa Focus divulgada ontem voltou a trazer melhoras das estimativas do mercado financeiro para o setor externo. No caso da balança comercial, a mediana das projeções para 2015 subiu de
US$ 14,60 bilhões para US$ 14,95 bilhões de uma semana para outra. Para 2016, o ponto central da pesquisa também foi deslocado de US$ 29 bilhões para
US$ 30,55 bilhões.
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