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Economia

- Publicada em 16 de Novembro de 2015 às 09:41

Bolsas europeias buscam direção após ataques pressionarem ações de turismo

Agência Estado
As bolsas europeias não definem tendência única nesta segunda-feira, após abrirem em queda com os investidores digerindo os possíveis reflexos que os atos terroristas em Paris podem disseminar, o que tem pressionado as ações de empresas ligadas ao turismo. Uma tentativa de recuperação é vista somente em algumas praças diante de declarações de autoridades do Banco do Central Europeu (BCE) sobre a possibilidade de mais estímulos em meio ao indicador de inflação na zona do euro que continua fraco.
As bolsas europeias não definem tendência única nesta segunda-feira, após abrirem em queda com os investidores digerindo os possíveis reflexos que os atos terroristas em Paris podem disseminar, o que tem pressionado as ações de empresas ligadas ao turismo. Uma tentativa de recuperação é vista somente em algumas praças diante de declarações de autoridades do Banco do Central Europeu (BCE) sobre a possibilidade de mais estímulos em meio ao indicador de inflação na zona do euro que continua fraco.
Às 9h07min (de Brasília), a Bolsa de Londres avançava 0,14%, Paris recuava 0,11%, Frankfurt subia 0,19%. A Bolsa de Milão caía 0,33% e Madri perdia 0,19%.
A França foi abalada por uma série de ataques terroristas coordenados em Paris na sexta-feira à noite, que deixou centenas de mortos e feridos. O grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques e ontem a França lançou ataques aéreos contra alvos do grupo na Síria.
"A primeira reação foi de pânico, mas depois os investidores compararam com os ataques anteriores", disse Andreas Koester, diretor de alocação de ativos e moeda do UBS Global Asset Management, lembrando dos ataques terroristas em Madri (2004) e em Londres (2005), que não pesaram acentuadamente nos gastos dos consumidores, o que poderia prejudicar as ações das empresas. No entanto, a cautela ainda pressiona as bolsas.
As ações de empresas de viagens e lazer são as mais afetadas, uma vez que confiança do investidor sofreu um golpe depois dos ataques. O grupo hoteleiro francês Accor registra o pior desempenho, com queda de mais de 5% na Bolsa de Paris. Marcas de artigos de luxo como a Louis Vuitton e Kering aparecem em seguida, com retração de 1,14% e 1,12%, respectivamente.
Da mesma forma, os papéis de companhias aéreas seguem pressionados. As ações da Easyjet, em Londres, perdiam 1,12%. A Lufthansa, em Frankfurt, recuava 2,30% e a Air France-KLM caía 5,30%, em Paris.
Entre os pontos de destaque para uma tentativa de recuperação estão os comentários de autoridades do BCE. O vice-presidente da instituição, Vítor Constâncio, disse que as compras de bônus da instituição vão continuar até que haja um ajuste sustentado da inflação. Já Yves Mersch, integrante do conselho executivo do BCE, afirmou que a autoridade monetária vai analisar a necessidade de medidas de estímulo adicionais.
Segundo Mersch, o conselho está aguardando as previsões de crescimento econômico e de inflação para 2017, que serão anunciadas no mesmo dia da próxima reunião de política monetária do BCE, em 3 de dezembro.
Foi divulgado hoje que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,1% em outubro ante igual mês do ano passado, segundo dados finais publicados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado veio acima da leitura preliminar de outubro e da previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que era de estabilidade em ambos os casos.
A inflação no bloco, porém, continua bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), que busca uma taxa anual ligeiramente inferior a 2,0%. O núcleo do CPI, que exclui os preços de energia e alimentos, avançou 1,1% na comparação anual de outubro.
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