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Trabalho

- Publicada em 11 de Novembro de 2015 às 18:21

Economia deve receber R$ 173 bi com o 13º

Montante injetado no mercado corresponde a 2,9% do PIB do País

Montante injetado no mercado corresponde a 2,9% do PIB do País


JOÃO MATTOS/JC
A economia brasileira deve receber, até dezembro, uma injeção de cerca de R$ 173 bilhões adicionais por causa do pagamento do 13º salário, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A economia brasileira deve receber, até dezembro, uma injeção de cerca de R$ 173 bilhões adicionais por causa do pagamento do 13º salário, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O montante - que vai beneficiar cerca de 84,4 milhões de trabalhadores do mercado formal, inclusive empregados domésticos, contribuintes da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União - responde por aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
Pelos cálculos do Dieese, os beneficiários pelo 13º receberão em média R$ 1.924,00 adicionais até dezembro. O cálculo do Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, referente a 2012, e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro.
No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores públicos (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2014, acrescido do saldo do Caged de 2015 (até setembro).
Cerca de 60,2% do total de beneficiados (50,8 milhões de pessoas) que serão beneficiadas com o pagamento adicional do 13º salário neste ano são empregados formais. "Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 1,916 milhões, equivalendo a 2,3% do conjunto de beneficiários do abono natalino", diz a nota do Dieese. O montante a ser recebido pelos empregados formais é de R$ 121,7 bilhões.
Mais de um terço do total é de aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Estas duas categorias somam um contingente de 33,6 milhões de pessoas, ou 38,6% do total de beneficiados. Além desses, cerca de 1,2% do total (979 mil pessoas) se refere aos aposentados e beneficiários de pensão da União. O total a ser recebido por essas categorias soma R$ 51,5 bilhões. "Há ainda um conjunto de pessoas constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regime próprio) que vai receber o 13º e que não pôde ser quantificado", pondera o Dieese.

Menos gaúchos ganharão benefício pela retração do emprego

A economia gaúcha deverá receber, até o final do ano, cerca de R$ 11 bilhões através do pagamento do benefício. Devido principalmente à redução do estoque de empregos no setor formal, o número de pessoas no Rio Grande do Sul que receberá o 13º salário em 2015 é 0,7% inferior do que aquele calculado para 2014.
No entanto, estima-se que cerca de 60 mil pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão pelo INSS, um acréscimo de 2,4% em relação ao ano anterior. Para efeito de comparação com 2014, quando o Dieese estimou que cerca de R$ 10,17 bilhões entrariam na economia em consequência do pagamento do 13º, o valor apurado neste ano indica um crescimento da ordem de 8,2%.
O montante pago aos trabalhadores no Estado representa aproximadamente 6,4% do total do Brasil e 40,5% da região Sul. Os recursos pagos representam em torno de 3% do PIB estadual.
Em relação aos valores que cada segmento receberá, os empregados formalizados ficam com 66,6% (R$ 7,33 bilhões) do total recebido e os beneficiários do INSS, com 23,8% (R$ 2,62 bilhões). Aos aposentados e pensionistas do Estado do Regime Próprio caberão 8% (R$ 878,9 milhões) enquanto os aposentados e pensionistas dos Municípios do Regime Próprio receberão 1,5% (R$ 170,4 milhões).
Aos empregados domésticos serão destinados 1,2% ou R$ 127,3 milhões. O Rio Grande do Sul registra valor médio para o rendimento de R$ 1.737,34.