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Economia

- Publicada em 05 de Novembro de 2015 às 21:55

BC trabalhará para ter inflação a 4,5% em 2017

Altamir Lopes negou que a instituição tenha jogado a tolha sobre atingir a meta em 2016

Altamir Lopes negou que a instituição tenha jogado a tolha sobre atingir a meta em 2016


MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
O boletim regional do Banco Central (BC) apresentado nesta quinta-feira pela instituição traz, pela primeira vez, o prazo de 2017 como o objetivo de cumprir a meta de inflação. Até então, desde a decisão do Copom de manter os juros em 14,25% ao ano, a instituição tem dito que o foco da política econômica é o "horizonte relevante para a política monetária".
O boletim regional do Banco Central (BC) apresentado nesta quinta-feira pela instituição traz, pela primeira vez, o prazo de 2017 como o objetivo de cumprir a meta de inflação. Até então, desde a decisão do Copom de manter os juros em 14,25% ao ano, a instituição tem dito que o foco da política econômica é o "horizonte relevante para a política monetária".
Na apresentação distribuída à imprensa, o slide 42 traz a seguinte frase: "O Banco Central adotará as medidas necessárias para o cumprimento dos objetivos do regime de metas e para trazer a inflação à meta de 4,5% ao ano em 2017".
O diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, enfatizou que a instituição vai trabalhar em 2016 para trazer a inflação mais perto o possível para a meta de 4,5% e em 2017 para levar a inflação para 4,5%. "O BC considerou mais razoável estender a meta para 2017", disse. Ele rebateu críticas de jornalistas de que o BC não vem entregando taxas no centro da meta nos últimos anos, alegando que a inflação sempre esteve acima de 4,5% na maioria das vezes desde que o regime de metas foi implantado no País, em 1999.
O diretor negou que a instituição tenha jogado a toalha em relação ao cumprimento da meta de inflação de 2016. "O BC não jogou a toalha nunca, claro que não", afirmou. "Me parece forte demais dizer que BC jogou a toalha", continuou.
De acordo com ele, o BC "tem agido" e prova disso é que o ciclo de alta atual é um dos mais fortes da história. "Dizer que o BC foi tímido com alta de 6 pb (pontos-base) da Selic é demais", afirmou, acrescentando que o Copom age em conformidade com cenário que se apresenta.
O diretor disse também que a expectativa é que os preços administrados passem por processo de desinflação significativo e que se veja um ajuste também profundo do resultado das transações correntes. "Confiamos fielmente no cumprimento da meta de 4,5% em 2017", enfatizou.
Para isso, ele citou que a atividade está em ritmo fraco, com redução de confiança dos agentes, os salários estão mais compatíveis, há melhora de fundamentos e, principalmente, que a inflação está sob controle. Disse também que o ajuste fiscal está em andamento, há um profundo ajuste externo, com contribuição positiva na atividade através de exportações liquidas e substituição de importações.
De acordo com Lopes, há perspectiva de melhora na medida em que se consolida melhora na economia global, os preços estão em perspectiva de forte desinflação, principalmente os administrados. "Nesse cenário, o BC afirma que adotará as medidas necessárias para trazer a inflação a meta de 4,5% em 2017. Essa é a mensagem que eu queria deixar."
O diretor explicou que não foram as expectativas que levaram à mudança do foco da meta de inflação por parte do BC. "Foi uma reação a esses eventos mais recentes que levaram à reprecificação de ativos, em especial a política fiscal", disse. Segundo o diretor, foram dois elementos de pressão para mudança de foco da meta para 2017: o realinhamento de preços relativos de forma mais prolongada e intensa do que o previsto e a incerteza fiscal.
Ele argumentou que, mais do que o número das contas púbicas em si, o que mais afeta é a indefinição de um parâmetro. "A indefinição fiscal atual sobre preços ativos traz perturbações", resumiu. Ele reafirmou que a definição do colegiado é manter juro por período prolongado sem descartar adoção de medidas.
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