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Economia

- Publicada em 04 de Novembro de 2015 às 18:24

Ibovespa vira e cai após fala de Yellen, pressionada também por Petrobras

Agência Estado
As declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no começo da tarde foram fundamentais para mudar a trajetória de bolsa, que devolveu a alta inicial e passou a cair. Yellen sinalizou que os juros norte-americanos podem mesmo começar a ser elevados ainda em 2015.
As declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no começo da tarde foram fundamentais para mudar a trajetória de bolsa, que devolveu a alta inicial e passou a cair. Yellen sinalizou que os juros norte-americanos podem mesmo começar a ser elevados ainda em 2015.
Segundo ela, quanto mais cedo o aumento tiver início, mais gradual será a trajetória de aperto monetário. Mesmo fazendo o mea-culpa de que nada ainda está decidido, a dirigente do BC norte-americano afirmou que, "se elevarmos os juros em dezembro, será com base em expectativas justificadas de inflação, de que o mercado de trabalho está melhorando e os fatores transitórios estão desaparecendo, e que com isso a inflação vai subir para 2%". "Mas é claro que se elevarmos e a expectativa não for atingida, podemos ajustar a política apropriadamente", emendou.
A bolsa paulista perdeu força, virou para baixo e operou alguns momentos bem pari passu com as equivalentes norte-americanas. Mas a forte queda do preço do petróleo acabou influenciando Petrobras, ainda penalizada pela greve dos petroleiros e por uma realização de lucros.
O recuo dos papéis da petroleira amplificou a baixa do Ibovespa, que terminou em queda de 0,71%, aos 47.710,09 pontos. Na mínima, marcou 47.441 pontos (-1,28%) e, na máxima, 49.054 pontos (+2,08%). No mês, acumula alta de 4,02% e, no ano, queda de 4,59%. O giro financeiro totalizou R$ 7,393 bilhões, segundo dados preliminares.
Petrobras ON cedeu 6,34% e Petrobras PN, 4,72%. A estatal informou que a greve dos petroleiros, iniciada na última quinta-feira, fez a produção diária da estatal recuar 13% e a disponibilidade diária de gás natural ceder 14%.
No exterior, o contrato do petróleo para dezembro fechou em baixa de 3,30%, depois que o Departamento de Energia norte-americano informou que os estoques de petróleo bruto subiram mais do que as projeções: 2,847 milhões de barris na semana encerrada em 30 de outubro ante 2,5 milhões de barris esperados.
Segundo a Standard & Poor's, por enquanto a Petrobras não precisa se preocupar porque a greve dos petroleiros, apesar de negativa, não teve impacto imediato nos ratings de crédito e na perspectiva da estatal. Os ratings estão em BB na escala global e em brAA na estala nacional, ambos com perspectiva negativa.
Vale também recuou, 1,97% na ON e 2,22% na PNA, devolvendo os ganhos iniciais influenciados pelo PMI positivo da China. O dado de serviços (Caixin) subiu de 50,5 em setembro para 52 em outubro, numa avaliação de que começam a surtir efeito as medidas de estímulos adotadas no país.
Nos EUA, as bolsas cediam, mas em menor intensidade, após Yellen. Dow Jones perdia 0,21%, S&P, 0,32%, e Nasdaq, 0,04%, às 17h13.
Dólar - As declarações da presidente do Fed no começo da tarde foram fundamentais para firmar o avanço do dólar nesta quarta-feira. O dólar comercial fechou a sessão com valorização de 0,64%, a R$ 3,7968. Na mínima, marcou R$ 3,7471 e, na máxima, R$ 3,8138. No mercado futuro, a moeda para dezembro subia 0,66% às 17h17, a R$ 3,826. Além da fala de Yellen, o mercado de câmbio foi influenciado por números positivos sobre a economia norte-americana. Entre eles, os números do mercado privado de trabalho divulgados pela ADP, que mostraram a abertura de 182 mil vagas em outubro, ligeiramente acima da projeção de 180 mil. Pela manhã, a moeda caía, dando continuidade à trajetória da véspera, mas foi perdendo força à medida que iam saindo os indicadores dos EUA. Os dados do fluxo cambial foram apenas monitorados. O País registrou saída líquida de US$ 3,500 bilhões em outubro, resultado de fluxo negativo de US$ 3,263 bilhões pela via financeiro e negativo de US$ 237 milhões pela comercial. Apenas na semana passada, houve saída líquida total de US$ 2,318 bilhões. No ano, o saldo ainda é positivo, com entradas líquidas de US$ 7,665 bilhões no País.
Taxas de juros - Em dia de resultado da produção industrial brasileira - segundo o IBGE, a produção industrial recuou 1,3% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal -, os juros futuros apenas monitoraram os números e mantiveram a trajetória de baixa vista na véspera. Nem mesmo a inversão do sinal dólar para cima, no começo da tarde, interrompeu o movimento, que, no entanto, não teve arroubos na etapa vespertina. No fechamento da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 tinha taxa de 14,245%, ante 14,249% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 projetava 15,35%, de 15,38%. O DI para janeiro de 2019 estava em 15,65%, de 15,83% ontem, e o contrato com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 15,52%, de 15,70% no ajuste anterior. As declarações da dirigente do Fed não influenciaram as taxas de juros. Prevaleceu a leitura dos investidores de que é preciso corrigir o exagero recente e de que o nível atual de juros no Brasil já comporta um aperto monetário nos EUA.
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