Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 16 de Novembro de 2015 às 09:45

PPG Tintas Renner estuda rede de franquias para 2016

Executivo diz que novo modelo de loja pode estimular investimento em franchising para o próximo ano

Executivo diz que novo modelo de loja pode estimular investimento em franchising para o próximo ano


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Rafael Vigna
A PPG Tintas Renner inaugurou em outubro a sua primeira loja conceito em Porto Alegre, no bairro Moinho de Vento. O investimento faz parte da estratégia de oferecer uma experiência diferenciada aos clientes. O modelo, pensado para reformular 82 unidades já existentes no País, também prevê a abertura de cerca de 100 novos pontos de venda nos próximos três anos. Os primeiros resultados obtidos nas 11 operações readequadas até novembro - entre elas, as gaúchas de Osório, Estância Velha, Gravataí, Tapejara, São Borja e Montenegro - apontam para o crescimento médio de 20% sobre as vendas históricas dos locais. Por isso, o sucesso inicial do planejamento pode determinar a abertura de uma rede de franquias em 2016.
A PPG Tintas Renner inaugurou em outubro a sua primeira loja conceito em Porto Alegre, no bairro Moinho de Vento. O investimento faz parte da estratégia de oferecer uma experiência diferenciada aos clientes. O modelo, pensado para reformular 82 unidades já existentes no País, também prevê a abertura de cerca de 100 novos pontos de venda nos próximos três anos. Os primeiros resultados obtidos nas 11 operações readequadas até novembro - entre elas, as gaúchas de Osório, Estância Velha, Gravataí, Tapejara, São Borja e Montenegro - apontam para o crescimento médio de 20% sobre as vendas históricas dos locais. Por isso, o sucesso inicial do planejamento pode determinar a abertura de uma rede de franquias em 2016.
A alternativa, segundo explica Rodrigo Schepf, diretor nacional de Vendas & Marketing da PPG do Brasil para Tintas Arquitetônicas, deve turbinar a expansão da marca líder de mercado na região Sul. Desde 2012, o crescimento associado ao negócio é de 12% ao ano. Em 2015, apesar das adversidades macroeconômicas, a evolução é de 5%. Já a PPG, multinacional que detém os direitos da linha arquitetônica da Tintas Renner, alcançou vendas líquidas globais de US$ 15,4 bilhões em 2014.
Em 2007, durante o processo de aquisição da gaúcha Tintas Renner - fundada em 1927, com sede em Gravataí - a gigante norte-americana PPG possuía estampado em seu cartão de visitas o fato de ser a fabricante exclusiva do cobiçado "vermelho Ferrari". Agora, uma nova ação de licenciamento pretende replicar a fórmula, porém com um aspecto muito mais regional. Em agosto, a marca lançou as cores oficiais da Dupla Grenal. Desde então, apenas no sistema tintomértrico da PPG Tintas Renner é possível conseguir o verdadeiro "vermelho colorado" e o "azul gremista".
JC Empresas & Negócios - O novo conceito de ponto de venda será aplicado em novas operações ou inclui as já existentes?
Rodrigo Schepf - O projeto centro de pintura já é considerado a maior rede de lojas de tinta do Brasil. São 82 unidades no País. As lojas próprias começaram há 15 anos, originadas de um conceito iniciado no Uruguai. No Brasil, o primeiro estado foi Rio Grande do Sul, onde, atualmente, existem 62 lojas. Agora, o modelo passou por uma revisão, fruto de um estudo realizado por quase dois anos. Neste período, identificamos a necessidade de estabelecer uma série de revitalizações, atualizações e, por isso, buscamos diversos conceitos com o objetivo aperfeiçoar o modelo de vendas aplicado no Brasil. Durante esse processo, fomos aos Estados Unidos, onde a PPG possui 3 mil lojas, e ao México, na operação da Comex, que possui outras 4 mil lojas. Além disso, com uma análise do mercado nacional, buscamos mais entendimento junto ao nosso consumidor e aos nossos principais influenciadores que são pintores, arquitetos e decoradores. Então, trata-se de uma revitalização que é originada por diversas influências. Desenhamos o novo modelo com o objetivo de nos preparamos para o futuro. Até o mês de novembro, 11 lojas já estavam adequadas. O projeto prevê abertura de novas lojas e revitalização das antigas. Em três anos, o objetivo é alcançar a meta de 180 lojas em todo o País. Ou seja, seriam quase 100 novos pontos de venda.
Empresas & Negócios - Quanto será investido para alcançar a meta?
Schepf - O valor é sigiloso, mas conta com parceiros em ambos os lados. Isso ocorre porque temos parceiros no negócio. Ou seja, a PPG entra com uma parte dos recursos e o parceiro com o restante.
Empresas & Negócios - Trata-se de um modelo semelhante ao de franquias?
Schepf - Não chega a ser uma franquia, porque a PPG ainda escolhe os seus parceiros. No entanto, para o futuro, existem planos que surgiram com o sucesso das primeiras lojas conceito. Por isso, em 2016, é possível que se abra a possibilidade dentro de um formato de franquias. Isso permitiria uma maior expansão do projeto também para outras áreas que ainda não estejam contempladas pelo nosso planejamento estratégico de curto prazo.
Empresas & Negócios - A ideia era revitalizar e se descobriu um apelo para as franquias?
Schepf - Sim, na verdade tudo começou com a revitalização. Durante os estudos, nos últimos dois anos, entretanto, definimos como pilar estratégico que, além da revitalização, seria necessário abrir mais pontos de venda no formato de loja exclusiva. Então, o planejamento estratégico para os próximos três anos vai passar por isso. Na revitalização, por exemplo, já colhemos resultados positivos. Há um incremento em média de 20% sobre as vendas históricas dos locais já revitalizados. Além disso, há um plano confidencial que mapeia as áreas estratégicas para as novas abertura. Até porque queremos crescer no mercado e expandir o nosso modelo de negócios.
Empresas & Negócios - Apesar de ser uma gigante global, a PPG sempre foi lembrada por ser a fabricante do "vermelho Ferrari". Esse nível de customização tem sido reproduzido em mercados regionais?
Schepf - Sim, bem lembrado. A PPG é a maior empresa de tintas do mundo e está em mais de 100 países. Com presença em todos os continentes, possui mais de 50 mil funcionários. É uma plataforma gigante e global, mas que, quando se instala em uma determinada região, busca atender a essas particularidades. Aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, neste ano fechamos o licenciamento de marca da dupla Grenal. Temos a tinta do Inter e a tinta do Grêmio. E, por falar em vermelho Ferrari, desenvolvemos em nosso laboratório a tinta pantone (sistema que inclui milhares de cores únicas catalogadas a partir da utilização de 15 cores básicas) oficial da dupla Grenal. Ou seja, somente no sistema tintométrico da PPG Tintas Renner se consegue fazer o verdadeiro vermelho colorado e o azul gremista. Exatamente como já se tinha o vermelho Ferrari, temos as cores da dupla Grenal. O licenciamento foi lançado em agosto deste ano e tem sido um sucesso, muito bem recebido e com os resultados excelentes. Isso também reflete a nossa busca de superar a crise. Neste momento em que se fala muito em crise, buscamos inovar, seja no licenciamento de marcas, lançamento de produtos ou na criação de uma nova experiência de venda. É preciso pensar diferente e criar alternativas, novos canais de produtos e frentes de negócios. Deste modo estaremos mais preparados para os desafios do futuro.
Empresas & Negócios - Os consumidores têm se envolvido cada vez mais com as diversas etapas de uma reforma. Esse fato criou um novo nicho de mercado?
Schepf - O pintor continua sendo o principal influenciador da loja. Isso é assim há muitos anos. Por outro lado, nos últimos anos, o cenário que envolve o processo de compra vem mudando. As pessoas têm mais acesso à informação na internet, nos sites e nas várias plataformas que permitem a comparação de cores, acabamentos, benefícios, contrapartidas de atributos de cada tinta, entre outros aspectos. Sim, esse mercado está mudando. Atento a isso, o nosso modelo de revitalização avança em direção a essa nova experiência de compra. É claro que isso ocorre ao mesmo tempo em que se busca preservar essa fortaleza, que é o público de pintores.
Empresas & Negócios - Quais são as novidades que atendem a esses clientes?
Schepf - A grande novidade, que difere do padrão tradicional das lojas de tinta, é que não se tem uma quantidade enorme de gôndolas com produtos em exposição. Na verdade, percebeu-se que as prateleiras, em uma loja de tintas tradicional, serviam apenas de estoque. Não tinham nada a vender. Agora, queremos que cada espaço da loja possa trazer uma experiência única e contribuir com o processo de venda junto ao consumidor final. A experiência que se busca é essa: ao caminhar na loja e se deparar com as paredes, o consumidor deve visualizar que cada canto foi projetado para gerar uma experiência e, consequentemente, gerar vendas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO