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Internacional

- Publicada em 25 de Novembro de 2015 às 21:31

'Um país não é uma empresa', diz Cristina

Mandatária fez ontem a sua primeira aparição pública após a derrota do kirchnerismo nas urnas

Mandatária fez ontem a sua primeira aparição pública após a derrota do kirchnerismo nas urnas


EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
Em sua primeira aparição pública desde o resultado adverso na eleição do domingo passado, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse ontem que um país não se governa como uma empresa, em um aparente recado ao opositor e presidente eleito Mauricio Macri que tem como uma de suas bandeiras a gestão eficiente e conquistou a simpatia de grande parte do empresariado.
Em sua primeira aparição pública desde o resultado adverso na eleição do domingo passado, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse ontem que um país não se governa como uma empresa, em um aparente recado ao opositor e presidente eleito Mauricio Macri que tem como uma de suas bandeiras a gestão eficiente e conquistou a simpatia de grande parte do empresariado.
Macri, que venceu nas urnas o candidato de Cristina, Daniel Scioli, assumirá a Casa Rosada no próximo dia 10 de dezembro. "Um país não é uma empresa: é uma nação formada por homens e mulheres que devem ter suas necessidades cobertas pelo Estado, e não (geridas) por um critério economicista. Um balanço de um país não se fecha em termos de ganhos e perdas, mas com quantos argentinos estão incluídos ou excluídos", afirmou Cristina.
A presidente mandou outros recados a Macri e seus aliados. Lembrou a eleição na província de Tucumán, cujo resultado favorável ao peronista Juan Manzur foi questionado pelos adversários, que denunciaram fraude. "Fiquem tranquilos, não vamos fazer o que fizeram conosco", afirmou. "Jamais nos ocorreria fazer algo que afetasse a governabilidade e a convivência dos argentinos. Inspira-nos um profundo valor pela pátria, queremos que a pátria vá bem. Não somos do exército do quanto pior, melhor", acrescentou.
Em seu primeiro discurso após a derrota, na inauguração de uma ala de pediatria em um hospital na Grande Buenos Aires, a presidente fez um balanço de sua gestão. Ela esteve acompanhada de ministros e de Scioli, que governa a província de Buenos Aires. Cristina enumerou conquistas dos 12 anos do kirchnerismo, como a retomada dos julgamentos de militares envolvidos em crimes da ditadura militar, investimentos em ciência e tecnologia e os avanços sociais. "Protagonizamos o maior processo de mobilidade social de que se tem memória na Argentina."
A presidente disse ainda que "sai pela mesma porta por qual entrou" no governo e listou o que considera melhorias ocorridas entre 2003 (quando Néstor Kirchner assumiu a presidência) e 2015.
"Entramos nesta Casa Rosada sem indústria e saímos com um país com indústrias em marcha."
Indicando que pretende manter-se ativa na política argentina, liderando a oposição, a presidente afirmou que "continuará ao lado dos argentinos, defendendo os seus direitos".
 
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