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Esportes

- Publicada em 02 de Novembro de 2015 às 18:13

Candidato Jerome Champagne quer combater desigualdades no futebol

Contando com o apoio do brasileiro Pelé, o francês Jerome Champagne desponta como um nome forte para as eleições que definirão quem será o próximo presidente da Fifa, no dia 26 de fevereiro de 2016. Em entrevista à Agência Estado, Champagne ressaltou que a Fifa precisa passar por uma profunda reforma.
Contando com o apoio do brasileiro Pelé, o francês Jerome Champagne desponta como um nome forte para as eleições que definirão quem será o próximo presidente da Fifa, no dia 26 de fevereiro de 2016. Em entrevista à Agência Estado, Champagne ressaltou que a Fifa precisa passar por uma profunda reforma.
Por que o senhor se candidata uma vez mais ao cargo de presidente da Fifa?
Jerome Champagne - Estou convencido de que, em um mundo globalizado, precisamos de um futebol forte. O que vemos hoje é que essa globalização trata do futebol como trata de outras esferas da economia. Os mais ricos estão cada vez mais ricos. Os que não têm muito, têm cada vez menos. E a classe média do futebol está sendo esmagada. A Fifa do século XXI é o desafio central do futebol. Também decidi me candidatar porque passamos a ver pessoas sem programa se apresentando, apenas com slogans, vazios de substâncias. A Fifa precisa ser forte e renovada.
Quais serão suas prioridades?
Champagne - Tenho um plano de governo com oito pontos e 50 áreas de atuação. Posso dizer que precisamos modernizar a administração, reduzir gastos em 5%, criar uma divisão do futebol profissional, colocar a Fifa no mais alto nível de ética e transparência, revelar o salário do presidente e reforçar a independência do Comitê de Ética. Mas existe outro desafio: lutar contra a desigualdade.
E como se faz isso?
Champagne - A Fifa vive o mesmo debate da reforma do Conselho de Segurança da ONU. Suas estruturas não refletem mais o mundo. Não é aceitável que a África, com 54 países, tenha quatro lugares no Comitê Executivo, enquanto a Europa, com 53, tenha oito. Precisamos ainda ter na estrutura de poder os jogadores e as ligas.
Com todos esses escândalos, a Fifa ainda pode ser salva?
Champagne - Claro que sim. Ela tem 111 anos e eu passei 11 anos ali. Organizamos ligas em países como o Quênia, a relação com jogadores. Não tenho vergonha disso. Temos que continuar a fazer o que foi bem feito. É verdade que a crise é profunda. Mas, no meio dela, a Copa do Mundo de Futebol Feminino foi feita e foi espetacular. É uma crise, mas uma oportunidade também. Para isso, precisamos arregaçar as mangas e trabalhar.
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