Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

relações internacionais

- Publicada em 19 de Outubro de 2015 às 19:13

Dilma prevê acordo entre Mercosul e UE neste ano

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem esperar que a troca de ofertas comerciais entre Mercosul e União Europeia (UE) ocorra até o final de novembro. A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos. "Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a UE na data acordada com a comissária para questões comerciais da UE, isto é, até o final de novembro, última semana de novembro", afirmou Dilma.
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem esperar que a troca de ofertas comerciais entre Mercosul e União Europeia (UE) ocorra até o final de novembro. A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos. "Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a UE na data acordada com a comissária para questões comerciais da UE, isto é, até o final de novembro, última semana de novembro", afirmou Dilma.
A declaração sobre os blocos econômicos foi dada durante entrevista coletiva após o comunicado conjunto feito por ela ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em Estocolmo (Suécia), onde ela se encontra desde sábado para encontro com autoridades e empresários locais. "Somos muito otimistas em relação a esse acordo. Do ponto de visto do Mercosul, está pronto para ser assinado, e acreditamos que, do ponto de vista da UE, os sinais também são bem positivos", disse a presidente.
A negociação de livre comércio entre Mercosul e UE se arrasta há mais de 15 anos. Em junho, durante visita à Bélgica, Dilma havia declarado que o Brasil estava pronto para acelerar a troca de ofertas em julho. Mas as conversas não avançaram neste sentido e estipulou-se o fim deste ano como limite para tanto.
A oferta de cada bloco significa, em tese, o que cada um tem a oferecer em termos de tarifa zerada numa relação comercial entre eles. É a principal etapa para que um acordo seja selado.
Em setembro, o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) declarou à Folha de S.Paulo que esperava que essa troca ocorresse já em outubro.
Ao lado de Dilma, o primeiro-ministro sueco evitou entrar em detalhes sobre o tema e apenas destacou que torce para que o acordo seja estabelecido o quanto antes. "A Suécia há muito tempo trabalha com sistema de comércios abertos", declarou.
O acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul vem sendo discutido desde o início dos anos 2000. Em 2004, uma troca de ofertas chegou a acontecer, mas sem acordo final. O processo foi retomado em 2010, e vários prazos foram fixados para a apresentação das propostas, o que até hoje não aconteceu. No primeiro semestre, Dilma Rousseff chegou a expressar o desejo de que a troca acontecesse em julho, mas o processo segue indefinido.

Nelson Jobim diz que desafio do País é político e econômico

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro Nelson Jobim (PMDB) afirmou ontem que a crise brasileira não é institucional, mas sim política e econômica.
"E não é uma crise insolúvel. Estamos vivendo uma disfuncionalidade do Poder Executivo, que leva a uma inação, uma paralisia do Congresso, decorrente de situações criminalizadas e do desaparecimento de lideranças, e também uma disfuncionalidade do Poder Judiciário", disse, em evento na Associação dos Advogados de São Paulo, Centro da capital paulista.
Como exemplo da falta de eficiência da política brasileira, Jobim citou a discussão sobre o financiamento privado de campanha, que, segundo ele, só aborda o lado da receita, ignorando as despesas dos candidatos. "Imagine um candidato a deputado federal que, a 15 dias do dia da eleição, fica sem dinheiro. Ele tem duas opções: ou ele para a campanha, ou ele dá um jeito. Parar a campanha? Esqueça!"
Na avaliação do ex-ministro, os legisladores precisam estar atentos também às necessidades de custos das campanhas. "Se as proibições das leis se chocam com as necessidades dos candidatos, estaremos empurrando os candidatos para a ilegalidade", declarou, em uma crítica ao fim do financiamento privado de campanhas. Jobim declarou que o Congresso de hoje é mais representativo do que quando ele era deputado federal.