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Política

- Publicada em 12 de Outubro de 2015 às 19:11

Grupo de dissidentes do PSDB gaúcho cria movimento por 'democracia interna'

Alegando falta de posicionamento do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB), que decretou instalação de uma comissão provisória no diretório estadual e em alguns municípios, está insurgindo um movimento contrário às medidas adotadas. O chamado PSDB Democrático será lançado juntamente com a abertura de uma sede da dissidência na Capital, na rua São Luiz, 1.210.
Alegando falta de posicionamento do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB), que decretou instalação de uma comissão provisória no diretório estadual e em alguns municípios, está insurgindo um movimento contrário às medidas adotadas. O chamado PSDB Democrático será lançado juntamente com a abertura de uma sede da dissidência na Capital, na rua São Luiz, 1.210.
Em manifesto escrito pelo grupo, as manobras são chamadas de "espetáculo de autoritarismo" e o texto afirma que o movimento está "angustiado com a falta de perspectiva do exercício da democracia interna no âmbito do PSDB gaúcho". A coordenação do evento espera contar com cerca de 100 pessoas no lançamento. "Temos uma aceitação boa por toda a situação que passamos de falta de democracia", afirma Fábio Correa, um dos coordenadores.
Correa acredita que o PSDB jamais viveu uma situação semelhante. Houve um período em que o grupo aguardou posicionamento dos dirigentes nacionais, no sentido de restabelecer a democracia interna convocando eleições para os diretórios que estão ocupados por comissões provisórias indicadas pela nacional. "A comissão provisória já diz que ficará até 2017. Por isso reagimos e buscamos chamar a atenção dos líderes maiores", explica Correa.
No início do mês, o único vereador tucano, Mário Manfro, afirmou que pode deixar o partido, em entrevista ao Jornal do Comércio. Os motivos apontados pelo parlamentar são os mesmos que levaram a criação do PSDB Democrático. No entanto, Manfro ainda avalia se irá participar do grupo. "Expus que seria ficar dando soco em ponta de faca já que não conseguimos, até o momento, sensibilizar a direção nacional. Não acredito mais na praticidade desse movimento", conclui.
O ponto decisivo para a descrença do vereador, de acordo com o próprio, foi a constatação de que a comissão provisória ocupava as lideranças do partido para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mesmo com a judicialização da disputa interna. Manfro foi eleito presidente do diretório municipal em convenção desautorizada pela executiva nacional em agosto. De acordo com Correa, o motivo para a suspensão do pleito é pouco preciso, pois "sempre houve disputas nas convenções partidárias do Sul do País, mesmo sem chapa unitárias".
Quanto à convenção que elegeria o presidente do diretório estadual, Correa afirma que a provável perda no pleito levou o grupo que compõe a comissão provisória estadual, liderada pelo deputado federal Nelson Marchezan Júnior, a contestar a eleição. "Teria mais de uma chapa, teria disputa, sempre houve aqui no Sul. Temos certeza que eles não ganhariam a eleição, então eles procuraram fazer isso."
Correa afirma que o movimento conta com nomes como o da ex-governadora Yeda Crusius, que entrevista ao JC, em agosto, categorizou as comissões provisórias como "juntas interventoras".
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