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Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 23:19

Festa e lamentos

Enquanto, no Palácio do Planalto, o clima era de lamentações com a rejeição das contas de 2014 do governo no Tribunal de Contas da União (TCU) por conta das pedaladas fiscais, o ministro do TCU Augusto Nardes era festejado por todo o País. Na noite após o julgamento, Nardes foi interrompido a cada momento num restaurante de Brasília. O parecer técnico aponta a utilização de R$ 40 bilhões para maquiar o balanço contábil do governo federal.
Enquanto, no Palácio do Planalto, o clima era de lamentações com a rejeição das contas de 2014 do governo no Tribunal de Contas da União (TCU) por conta das pedaladas fiscais, o ministro do TCU Augusto Nardes era festejado por todo o País. Na noite após o julgamento, Nardes foi interrompido a cada momento num restaurante de Brasília. O parecer técnico aponta a utilização de R$ 40 bilhões para maquiar o balanço contábil do governo federal.
Dias tensos
Nesta quinta-feira, Nardes foi embarcar para Belo Horizonte (MG) e quase não conseguiu chegar ao avião. Todos o cumprimentavam e festejavam. O ministro disse à coluna Repórter Brasília que "os últimos dias foram tensos". A verdade é que o Brasil parou para acompanhar a votação no TCU.
Fora da Zelotes
Outro motivo para a tranquilidade é que as acusações sobre seu envolvimento no esquema investigado pela Operação Zelotes foram negadas pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara do Distrito Federal. Ele negou o pedido do Ministério Público para enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório que cita o suposto envolvimento de Nardes no recebimento de propinas por considerar que "não há indícios de participação do ministro no esquema".
Estratégia atrapalhada
As ações do Planalto acabaram fortalecendo Nardes. A estratégia de acusá-lo de prejulgar a presidente Dilma Rousseff (PT) e de entrar no STF para impedir o julgamento foi um tiro que saiu pela culatra. O parecer, assinado por 14 auditores do TCU, todos técnicos e concursados, foi aprovado por unanimidade. Sem a estratégia atrapalhada, Dilma conseguiria pelo menos três votos favoráveis.
Teste de fidelidade
O PMDB de Michel Temer e Eliseu Padilha, os articuladores do governo, terá uma difícil decisão para tomar: manter a presidente Dilma no Planalto ou sair de cima do muro e votar pelo afastamento dela. Será um difícil teste de fidelidade. Mais uma vez, a autoridade de Dilma saiu abalada exatamente quando uma vitória seria crucial para que o governo saísse da defensiva. Com a derrota, até a reforma ministerial foi para o espaço. Dilma "vendeu a alma" para o PMDB por nada.
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