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Política

- Publicada em 06 de Outubro de 2015 às 21:53

'O PMDB é uma piada', critica Germano Rigotto

Rigotto condena atitude fisiológica e clientelista adotada pela sigla

Rigotto condena atitude fisiológica e clientelista adotada pela sigla


ANTONIO PAZ/JC
Marina Schmidt
A crise institucional, com efeitos econômicos e nos arranjos políticos do País, poderia ser observada como uma oportunidade de fortalecimento do PMDB, possibilidade que o partido tem deixado escapar, segundo avalia o ex-governador do Estado Germano Rigotto (PMDB), que iniciou a trajetória política no partido no início da década de 1980.
A crise institucional, com efeitos econômicos e nos arranjos políticos do País, poderia ser observada como uma oportunidade de fortalecimento do PMDB, possibilidade que o partido tem deixado escapar, segundo avalia o ex-governador do Estado Germano Rigotto (PMDB), que iniciou a trajetória política no partido no início da década de 1980.
"O PMDB é uma piada", disparou ontem, após falar para um grupo de executivos de finanças durante a 26ª edição do Congresso Nacional de Executivos de Finanças (Conef), realizado na Capital.
Em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, ele reiterou críticas que fez na palestra que ministrou na tarde de ontem, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael. "Em vez de debater as grandes questões nacionais, fica discutindo espaço, nacos do governo", declarou, obtendo murmúrios de concordância da plateia. Depois, à reportagem, Rigotto afirmou que o PMDB poderia pensar em um projeto nacional seu para 2018. "Mas, cada vez, isso vai ficando mais distante, de novo."
Direcionando a parte mais dura das críticas à ala oposicionista do partido, o ex-governador salientou que o contexto atual exige responsabilidade da oposição. "O PMDB não pode ser irresponsável em um momento como este e dizer que vai ser oposição ao governo, até porque o vice-presidente (Michel Temer) é do PMDB", sublinhou. "Estou vendo partidos sem nenhuma responsabilidade no que estão votando no Congresso Nacional e que são capazes de derrubar vetos, o que é um caos, pois atira mais o País para o abismo."
Além da falta de posicionamento político como opção para 2018, Rigotto lembrou que o partido tem mantido uma postura recorrente de disputar participação no poder, o que aconteceu nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e dos petistas Lula e Dilma Rousseff.
"Acho que o PMDB teria que ter responsabilidade na sustentação, dar condições de governabilidade, mas não precisa ficar disputando cargos. Não precisa ficar a bancada indicando nomes, o Senado outros nomes, e outros grupos indicando outros. Isso apequena o PMDB e faz com que o partido perca aquilo que construiu ao longo da história", criticou. "Comprometemos aquilo que se construiu com tanto trabalho ao longo da história com esse tipo de postura fisiológica, clientelista, e que termina envolvendo tudo isso em corrupção, como aconteceu, recentemente, com figuras do PMDB", citou, sem referir nomes.
Defendendo uma postura diferente não só dentro do PMDB, Rigotto assegurou que chegará um momento em que os partidos, estadual e nacionalmente, vão ter que abandonar a tendência de "olhar para o seu umbigo" e tentar encontrar alternativas para o problema fiscal que enfrentamos no Estado e no País. "Temos um governo enfraquecido na União, um governo que não pode ser deposto por medida que atente contra a Constituição", citou sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma.
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