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Política

- Publicada em 05 de Outubro de 2015 às 19:54

Dilma pede mais diálogo com o Congresso

Presidente Dilma Rousseff deu posse ontem a 10 ministros e pediu a eles mais contato com parlamentares

Presidente Dilma Rousseff deu posse ontem a 10 ministros e pediu a eles mais contato com parlamentares


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
No momento em que enfrenta dificuldades com sua base aliada na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff (PT) orientou ontem sua equipe ministerial, durante o ato de posse, a dialogar com o Congresso Nacional.
No momento em que enfrenta dificuldades com sua base aliada na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff (PT) orientou ontem sua equipe ministerial, durante o ato de posse, a dialogar com o Congresso Nacional.
Em cerimônia de posse de 10 ministros, realizada no Palácio do Planalto, a petista afirmou que seus novos e antigos auxiliares têm o dever de manter contato permanentemente com deputados federais, partidos políticos e com movimentos sociais.
A falta de diálogo é uma das principais críticas feitas ao atual governo federal, tanto por movimentos de esquerda como por parlamentares da própria base aliada.
"A principal orientação que dou aos novos ministros, e aos ministros que continuam no governo, é: trabalhem ainda mais, com mais foco, com mais eficiência, buscando fazer mais com menos. Dialoguem muito e sempre com a sociedade, com os parlamentares, com os partidos e com os movimentos sociais", disse.
Em meio à ameaça de abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados, a petista ressaltou que seu governo irá até o final de 2018 e reafirmou que a reforma ministerial tem também como objetivo garantir "mais equilíbrio" à coalizão que a apoiou na disputa do ano passado. "Nós temos um Brasil para governar até 2018", afirmou.
Em discurso, a petista afirmou que o corte de oito pastas e a redução dos salários de ministros é uma medida de reequilíbrio fiscal. Ela anunciou que a Comissão Permanente para a Reforma do Estado, que terá como objetivo reorganizar a administração federal, será presidida pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
Segundo a petista, o grupo será composto ainda pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), além de nomes de fora do governo federal que serão convidados a participar.
No início de seu discurso, a presidente fez uma retificação à fala do chefe do Cerimonial, que errou a ordem do nome do novo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Ao anunciar a ministra Nilma Lino, que assumirá a pasta, ele citou Direitos Humanos antes de Mulheres.
"Eu queria fazer uma retificação antes de começar a falar. O Ministério é das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Nós erramos a ordem, peço desculpas", disse.
Na sequência, ao ler a lista de agradecimentos, a petista se deparou com o mesmo erro no nome da pasta e chamou novamente a atenção de sua equipe de auxiliares, o que arrancou risos da plateia.
"Errado, está vendo? Está errado. As mulheres vão entender por que insisto na ordem. É Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Eles insistem, eles insistem", disse.
As duas principais novidades são a troca de Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil por Jaques Wagner, que deixa a Defesa, e a demissão do petista Arthur Chioro, Saúde, para abrir espaço para o deputado Marcelo Castro (PMDB).
As duas mudanças foram sugeridas pelo ex-presidente Lula (PT), que, na quinta-feira passada, reuniu-se com Dilma em Brasília.
O ex-presidente sai fortalecido com a reforma, com três nomes de sua confiança no Palácio do Planalto: Jaques Wagner, Ricardo Berzoini (PT), que assumirá a Secretaria de Governo, e Edinho Silva (PT), Comunicação Social. Já Aldo Rebelo (PCdoB) irá para a Defesa no lugar de Wagner.
Na nova configuração, o PMDB passou de seis para sete ministérios no governo após o pedido de demissão de Mangabeira Unger (PMDB) da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
Os outros peemedebistas da Esplanada serão o gaúcho Eliseu Padilha, na Aviação Civil; Henrique Eduardo Alves, no Turismo; Eduardo Braga, nas Minas e Energia; Kátia Abreu, na Agricultura; e Helder Barbalho, nos Portos.
Já o PT foi de 13 para nove pastas. Foi Lula quem aconselhou a presidente a tirar espaço do PT e dar mais uma pasta ao PMDB, na tentativa de remontar sua base no Congresso Nacional.
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