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Política

- Publicada em 04 de Outubro de 2015 às 21:49

Novo limite de quitação de RPVs deve ser votado terça

Líder do governo, Postal está confiante na aprovação da matéria

Líder do governo, Postal está confiante na aprovação da matéria


ANTONIO PAZ/JC
Fernanda Nascimento
O governo espera que a Assembleia Legislativa vote, amanhã, a proposta de redução no pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) de 40 para 10 salários-mínimos - o projeto inicial previa sete salários, mas o Executivo enviará uma emenda ampliando esse limite. A matéria encaminhada pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) pretende reduzir o contingente de R$ 1 bilhão destinado anualmente para o pagamento das ações. Oposição, representantes de servidores públicos estaduais e a seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) consideram o projeto uma "nova forma de calote".
O governo espera que a Assembleia Legislativa vote, amanhã, a proposta de redução no pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) de 40 para 10 salários-mínimos - o projeto inicial previa sete salários, mas o Executivo enviará uma emenda ampliando esse limite. A matéria encaminhada pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) pretende reduzir o contingente de R$ 1 bilhão destinado anualmente para o pagamento das ações. Oposição, representantes de servidores públicos estaduais e a seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) consideram o projeto uma "nova forma de calote".
A justificativa do Executivo para reduzir o pagamento é o comprometimento do orçamento. No texto enviado para o Legislativo, o governo afirma que o limite de 40 salários-mínimos "é desproporcionalmente alto, deixando o erário muito vulnerável a um eventual crescimento da demanda jurisdicional, que é imprevisível".
O principal temor é o sequestro de valores para pagamento das RPVs, que se ampliou nos últimos anos. O Palácio Piratini também argumenta que a maioria dos estados reduziu o teto de pagamento das RPVs e cita ainda os problemas financeiros do Estado como justificativa. Na semana passada, o governo esperava que a Assembleia Legislativa apreciasse o tema. Mas, durante a reunião de líderes, na qual é definida a pauta de votação, o PP - integrante da base aliada - não deu acordo, e a matéria deixou de ser encaminhada ao plenário.
O líder do governo, Alexandre Postal (PMDB), garante que não há um racha entre os partidos da base e que a matéria será apreciada e aprovada. "O líder do PP (deputado Frederico Antunes) não deu acordo para analisar o projeto, mas não há nenhum desacordo, ele pediu tempo para analisar a matéria", afirma. Postal também disse que o governo ouviu a base ao aumentar a proposta de limite das RPVs.
Mesmo com o otimismo sobre a votação da base, a sessão não deverá ser marcada pela tranquilidade. O movimento unificado dos servidores públicos - que reúne dezenas de entidades - é contrário à matéria e se somará aos integrantes da OAB na pressão contrária. Ambos apresentaram carta de repúdio à ação e têm como principal argumento o provável aumento na fila de quitação dos precatórios, que têm o pagamento realizado após muita espera - diferentemente das RPVs. A OAB também garante que o projeto é inconstitucional e que, caso seja aprovado, ingressará com uma ação para barrar a legislação.
Os deputados do PT e do PCdoB votarão contra matéria, mesmo tendo apoiado iniciativa semelhante na gestão do ex-governador Tarso Genro (PT). O petista apresentou projeto para reduzir as RPVs para o limite de 10 salários-mínimos, mas, devido à falta de apoio político, retirou a matéria da pauta.
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