A defesa do vereador Cássio Trogildo (PTB) aguarda a publicação no Diário da Justiça da decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux que confirmou a cassação do vereador, entendendo que procede a denúncia de que Trogildo, quando era secretário municipal de Obras e Viação, teria utilizado a estrutura da pasta para realizar obras de asfaltamento e iluminação pública em troca de votos para a sua candidatura à Câmara Municipal de Porto Alegre em 2012.
Além da cassação, Fux também suspende por oito anos o direito de Trogildo concorrer a cargos eletivos. A investigação foi desencadeada pelo Ministério Público (MP) Eleitoral no final de 2012, quando o MP averiguou a denúncia envolvendo não só o vereador, mas também o ex-secretário municipal de Obras e Viação Adriano Gularte (adjunto de Trogildo quando era titular da pasta).
Entre as evidências apresentadas pelo órgão eleitoral há uma gravação de áudio em que um representante da prefeitura e um conselheiro do Orçamento Participativo - apoiadores da campanha de Trogildo - estiveram reunidos com moradores do bairro Rubem Berta para anunciar obras em uma rua do bairro.
Em 2013, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o diploma de vereador do petebista. Depois de recurso, o caso foi para o TSE, onde o ministro Dias Toffoli concedeu uma liminar garantindo o exercício do mandato até que o caso seja julgado em última instância.
Por isso, o parlamentar publicou, nesta semana, uma nota no seu perfil do Facebook esclarecendo a situação: "Tivemos uma decisão monocrática - de um único ministro -, parcialmente contrária ao nosso recurso no TSE. Estamos salvaguardados no mandato por uma robusta liminar do ministro presidente do TSE, garantindo nosso amplo e irrestrito exercício do mandato até o julgamento final de todos os recursos".
Um dos caminhos para a defesa é um pedido de agravo para que a decisão de Fux seja revisada pelo pleno do TSE. A nota do vereador Trogildo menciona que "nossa defesa está finalizando recurso referente a esta decisão, para ser encaminhado ao pleno do TSE".
Depois da decisão em plenário, ainda cabe recurso à Justiça Eleitoral. Entretanto se, ao final do processo, o pleno mantiver decisão, quem assume a vaga na Câmara Municipal de Porto Alegre é o suplente Roni Casa da Sopa, também do PTB.