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Política

- Publicada em 01 de Outubro de 2015 às 21:52

'Minha tendência é abandonar o PSDB', afirma Manfro, único vereador tucano na Capital

Eleito ao diretório, Mario Manfro contesta comissão provisória

Eleito ao diretório, Mario Manfro contesta comissão provisória


JOÃO MATTOS/JC
O vereador Mario Manfro (PSDB) afirma que, para sua permanência no partido, uma reestruturação interna, com "viés democrático", precisa acontecer. Descontente com a decisão da executiva nacional sobre a convenção que o elegeu, em agosto, presidente do diretório municipal de Porto Alegre, o parlamentar conta que já foi procurado por outras siglas.
O vereador Mario Manfro (PSDB) afirma que, para sua permanência no partido, uma reestruturação interna, com "viés democrático", precisa acontecer. Descontente com a decisão da executiva nacional sobre a convenção que o elegeu, em agosto, presidente do diretório municipal de Porto Alegre, o parlamentar conta que já foi procurado por outras siglas.
"Não tenho como me sentir bem no partido. Fui eleito democraticamente. Um dia antes das convenções, recebi um e-mail da executiva nacional desautorizando a convenção. Nós a mantivemos como um ato político e tivemos quórum sobrando", explica. Desde então, o partido é comandado por uma comissão provisória, conduzida pelo deputado federal Nelson Marchezan Júnior. Apesar dos esforços para que uma consulta às bases, em forma de eleição, fosse realizada, a executiva nacional segue com a mesma posição. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Manfro se diz "desconfortável" no PSDB e afirma que está dialogando com outras legendas.
Jornal do Comércio - O senhor permanecerá no partido?
Mario Manfro - Sinceramente, quando digo que estou desconfortável dentro do partido, não posso também esquecer que foi meu único partido. Ingressei na política dentro do PSDB. Sinceramente, não é uma forma de fugir da pergunta, mas eu não estou totalmente definido. O que eu poderia afirmar, em alto e bom som, é que estou totalmente desconfortável. Estou me sentindo mal e desprestigiado dentro do partido.
JC - Mas existe sondagem de outros partidos?
Manfro - Assim como disse que tenho desconforto por não ser convidado para reuniões do partido, graças ao nosso trabalho, diversos partidos me procuraram. Mas realmente ainda não há definição da minha parte se saio ou não do PSDB. Envolve muitas coisas, e existe a possibilidade de eu sair, sim.
JC - Mas então também existe a possibilidade de o senhor apoiar uma eventual candidatura de Marchezan nas próximas eleições à prefeitura?
Manfro - Não. Olha que estou sendo sincero, não falo mais politicamente, falo com o coração. Não apoiaria o Marchezan. Mesmo que continuasse, não teria condições. Só se mudar a atual conjuntura, que volte um viés democrático dentro do partido, que hajam conversações, que chamem para o diálogo, que mude a forma como está sendo conduzido o partido. Mas, nesta forma ditatorial que o partido está sendo conduzido, é inviável. Por isso, te digo a minha tendência de, infelizmente, abandonar o PSDB se continuar dessa forma. Não me sentiria confortável de fazer parte de um partido e não ter condições, por questões de foro íntimo, de apoiar quem está concorrendo ao cargo majoritário.
JC - O senhor vê chance de mudança?
Manfro - Muito pouca. Então, por isso, digo que é uma grande possibilidade de sair do partido.
JC - E qual a avaliação para as eleições do ano que vem?
Manfro - Tínhamos um encaminhamento muito bom de uma nominata muito legal. Avalio que 2016 seria um ano maravilhoso para o PSDB se estivesse tudo dentro das normas democráticas. Somos o maior partido de oposição do Brasil. Tenho certeza que conseguiríamos uma nominata muito boa para as eleições do ano que vem, mas desta forma, não.
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