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Política

- Publicada em 01 de Outubro de 2015 às 17:45

PGE pede que STF revise decisão sobre bloqueios

Marco Aurélio Mello negou liminar ao governo do Rio Grande do Sul

Marco Aurélio Mello negou liminar ao governo do Rio Grande do Sul


FELIPE SAMPAIO/SCO/STF/DIVULGAÇÃO/JC
O Palácio Piratini recebeu, nesta quinta-feira, por volta das 11h30min, a notificação da Secretaria do Tesouro Nacional avisando o governo José Ivo Sartori (PMDB) de que as contas do Estado estavam sendo bloqueadas em função do não pagamento da parcela mensal da dívida com a União. A parcela deste mês é de R$ 266,6 milhões.
O Palácio Piratini recebeu, nesta quinta-feira, por volta das 11h30min, a notificação da Secretaria do Tesouro Nacional avisando o governo José Ivo Sartori (PMDB) de que as contas do Estado estavam sendo bloqueadas em função do não pagamento da parcela mensal da dívida com a União. A parcela deste mês é de R$ 266,6 milhões.
A sanção já era esperada, afinal é o terceiro mês consecutivo que o Estado sofre o bloqueio. Na terça-feira, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) já havia solicitado que o pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) reavalie a decisão do ministro Marco Aurélio Mello que negou a liminar almejada pela PGE para anular a cláusula do contrato da dívida que permite que a União bloqueie as contas do Estado em caso de atraso. "Entendemos que é exagerado o bloqueio das contas. Graças à nossa ação de agravo regimental, agora o pleno do STF vai apreciar o pedido de liminar. Temos ministros que estão se mostrando sensíveis às causas relacionadas ao pacto federativo, como, por exemplo, o ministro Roberto Barroso", avaliou o procurador-geral adjunto para assuntos jurídicos, Leandro Sampaio.
Entretanto, não há previsão de data para o STF apreciar a matéria. Sabendo que a Corte não julgaria a ação cautelar a tempo, o governo se preparou para o bloqueio neste mês, transferindo R$ 390 milhões do caixa único para a conta dos depósitos judiciais, da qual os valores não podem ser sequestrados pela União.
Essa manobra garantiu o pagamento de outras despesas do Estado, pois permite o pagamento de compromissos, transferindo valores direto dos depósitos para terceiros, sem passar pelas contas do Piratini. Assim, o governo pagou consignações bancárias (cerca de R$ 100 milhões); a folha salarial das fundações (R$ 25 milhões); e a folha suplementar com o valor dos dias de greve (R$ 6 milhões), que, num primeiro momento, foram descontados dos servidores, mas depois o governo voltou atrás e resolveu pagar. Todos esses compromissos venceram na última sexta-feira.
Esses recursos "escondidos" nos depósitos judiciais também garantiram o anúncio do governo, nesta semana, de que quitaria os débitos na Saúde. Afinal, R$ 25 milhões desse valor devem ser transferidos ao custeio da Saúde (atrasado desde agosto), e R$ 8 milhões devem ser usados para pagar o salário de servidores dos hospitais Alvorada, Cachoeirinha e Caxias do Sul.
A expectativa da Secretaria Estadual da Fazenda é de que o Piratini retome o controle das contas no dia 13 de outubro, depois do ingresso da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), relativo à substituição tributária (entra no caixa do Estado todo dia 9) e da primeira tributação dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações (dia 10). Por conta do fim de semana (dias 10 e 11) e feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida (dia 12), as contas só devem ser liberadas no dia seguinte.
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