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Opinião

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 16:05

Déficit ambiental

O orçamento gaúcho para 2016 acusa um descompasso entre receita e despesa de R$ 6,2 bilhões, enquanto que o da União oscila no desequilíbrio de R$ 30,5 bilhões. E o déficit ambiental? Se o "rombo" financeiro vem de longe, o descuido ambiental também. Em plagas sulinas, das "coivaras" nativas à desesperada agonia do gado selvagem nas charqueadas, seguimos no processo migratório, onde o fogo e o machado instrumentalizaram a devastação. Quem não desenvolvesse seus lotes corria o risco de perdê-los. Sobreveio a descontrolada urbanização impermeabilizante facilitadora de enchentes e cresceu a preocupação com a saúde, frente à insalubridade construída. Ressecamos várzeas, exageramos nos agrotóxicos, pouco tratamos os esgotos. E a fauna extinta? A lista daqui se estende pelos descaminhos queimados de prováveis "ex Amazônia/Cerrado...".
O orçamento gaúcho para 2016 acusa um descompasso entre receita e despesa de R$ 6,2 bilhões, enquanto que o da União oscila no desequilíbrio de R$ 30,5 bilhões. E o déficit ambiental? Se o "rombo" financeiro vem de longe, o descuido ambiental também. Em plagas sulinas, das "coivaras" nativas à desesperada agonia do gado selvagem nas charqueadas, seguimos no processo migratório, onde o fogo e o machado instrumentalizaram a devastação. Quem não desenvolvesse seus lotes corria o risco de perdê-los. Sobreveio a descontrolada urbanização impermeabilizante facilitadora de enchentes e cresceu a preocupação com a saúde, frente à insalubridade construída. Ressecamos várzeas, exageramos nos agrotóxicos, pouco tratamos os esgotos. E a fauna extinta? A lista daqui se estende pelos descaminhos queimados de prováveis "ex Amazônia/Cerrado...".
Por certo não se pode desprezar os indiscutíveis e históricos ganhos no cuidado ambiental, contudo como desconhecer o passivo ambiental? Passivo que ao som das vozes naturalistas, do protagonismo das entidades de preservação e do inegável empenho dos órgãos ambientais, impõe-se ser revertido. A Sala da Integração, instalada em junho deste ano no Centro Histórico da Capital, aponta para um promissor encaminhamento. No primeiro andar da sede da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, mediante prévio e ágil agendamento, proponentes e analistas ambientais podem se debruçar transparentemente sobre demandas ambientais. Ali é preconizada a Integração sinérgica dos esforços multilaterais tão próprios da área ambiental. Na mesma trilha integradora deverá seguir a aproximação resolutiva com as regionais, municípios, conselhos, ONGs, entidades públicas e privadas. A integral recuperação do Estado e do País passa pela promoção ambiental, de corresponsabilidade coletiva. Nossa maior dívida é com a natureza! E esta não se limita a números.
Ex-secretário estadual do Meio Ambiente
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