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Opinião

- Publicada em 13 de Outubro de 2015 às 18:27

Congresso tem que decidir logo votações básicas

O rompimento considerado pessoal, não entre os Poderes do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusado de manter contas secretas na Suíça, o que foi confirmado pelas autoridades daquele país, com a presidente Dilma Rousseff (PT), não pode, não deve e não vai paralisar o Brasil. Não podemos administrar o País por crise. Bastam as crises socioeconômicas que nos perseguem há muitos anos.
O rompimento considerado pessoal, não entre os Poderes do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusado de manter contas secretas na Suíça, o que foi confirmado pelas autoridades daquele país, com a presidente Dilma Rousseff (PT), não pode, não deve e não vai paralisar o Brasil. Não podemos administrar o País por crise. Bastam as crises socioeconômicas que nos perseguem há muitos anos.
Desde as décadas iniciais do século XX, com a revolta dos tenentes, a insurreição de Luiz Carlos Prestes, o movimento de Getulio Vargas que depôs Washington Luiz, em 1930, a queda de Getulio Vargas pelos militares em 1945, a volta do mesmo Getulio, eleito, em 1950 e o seu suicídio em 1954, a renúncia de Jânio Quadros, o Movimento da Legalidade, liderado por Leonel Brizola aqui no Estado, para a posse de João Goulart, a deposição de Jango e a ditadura militar de 1964 até 1985, tudo isso foi assistido por milhões de brasileiros.
Poucos terão boas recordações desses tempos, alguns amaldiçoando o que viram e passaram. Então, manter o Executivo, o Judiciário e o Legislativo funcionando dentro da lei e da ordem, mantendo a Constituição, é fundamental para que consigamos superar os problemas que enfrentamos, novamente, como no passado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou liminares parando dois pedidos de impeachment da presidente Dilma. Se pudéssemos convencer os políticos desta verdade, que os bons e maus pensamentos, palavras e obras têm o seu prêmio ou castigo correspondente na ordem física e moral deste mundo, muitos benefícios resultariam para a felicidade pessoal deles e do Brasil. A virtude seria amada e observada como um meio seguro e infalível de servir ao País, o desleixo e a indolência detestados pelos seus efeitos nefastos à sociedade.
O Congresso tem que votar o que é preciso para alavancar a nação, mesmo que sejam vetos antipáticos. Dinheiro não pode ser fabricado e déficits públicos sistemáticos e descontrolados arruínam uma pessoa, uma família, uma empresa e, muito mais, qualquer governo, seja o federal, o estadual ou o municipal.
É bem prejudicial à solução dos nossos problemas a incerteza causada, dentro e fora do Brasil, pela demora na apreciação de matérias tão importantes para a nação. A "mãe das reformas", a política, está sendo fatiada e não convenceu quase ninguém da sua efetiva validade para mudar o panorama desfocado da vida nacional que se observa há anos.
No Rio Grande do Sul, há consultas previstas para as eleições de 2016 para saber a opinião popular sobre a privatização de empresas. Por que não fazer a consulta agora para que, em 2016, a situação seja outra, e a sangria nos cofres públicos diminua? Ou vamos esperar que o folclórico "fundo do poço" seja ultrapassado e já foi, para muitos analistas para só então decidir?
O fim do benefício dado aos parlamentares com o nefasto foro privilegiado está na pauta da Câmara dos Deputados e do Senado, mas encalhou por conta do lobby de alguns setores. Lobby, aliás, palavra demonizada pelo Papa Francisco quando de sua estada no Brasil.
Enfim, o País espera que cada deputado federal e senador cumpra com o seu dever, fazendo aquilo que deles é obrigação, trabalhar, votar e decidir pelo melhor para a nação. Não se pode mais esperar pelo que é importante, mesmo contrariando interesses corporativos. O impeachment da presidente não é o único assunto, nem a eventual renúncia de Eduardo Cunha.
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