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Opinião

- Publicada em 13 de Outubro de 2015 às 16:19

Trabalho pela vida

O recente título de Instituição "Incentivadora da Vida" conquistada pelo HPS de Canoas na área de doação de órgãos fato inédito nesses quase 10 anos de existência do HPSC na verdade, além de reconhecer os méritos de uma equipe que se envolve, diretamente, no processo de doação, também reflete um amplo processo de melhorias na área de humanização e assistência aos pacientes.
O recente título de Instituição "Incentivadora da Vida" conquistada pelo HPS de Canoas na área de doação de órgãos fato inédito nesses quase 10 anos de existência do HPSC na verdade, além de reconhecer os méritos de uma equipe que se envolve, diretamente, no processo de doação, também reflete um amplo processo de melhorias na área de humanização e assistência aos pacientes.
Grande parte disso deve-se às melhorias técnicas e à articulação e treinamento da equipe. Pode-se dizer que os dois maiores desafios enfrentados na doação de órgãos é a aceitação da família e a preservação dos órgãos. Hoje, no HPSC, desde o início do atendimento do paciente que chega em estado grave, busca-se manter a família informada sobre os passos no seu tratamento e o seu estado de saúde. Este processo envolve a equipe de acolhimento constituída há dois anos , a psicologia e o serviço social, propiciando uma união da equipe médica e da família em um processo de confiança mútua, tarefa bastante complexa, pois, reconhecidamente, as emergências hospitalares são espaços que misturam uma tensão permanente com alto grau de frieza de seus profissionais.
É fundamental que exista essa confiança, pois o conceito de "morte cerebral", utilizado para identificar um potencial doador, ainda envolve muitos mitos e desconhecimento do seu real significado em nossa sociedade. O mesmo profissionalismo e compromisso com a vida que estas equipes apresentam no momento de estabelecer o diagnóstico de irreversibilidade e morte, também é demonstrado no tratamento e busca da recuperação de pacientes com lesões extremamente graves que chegam ao hospital.
Essa política de humanização e acolhimento do HPSC não se restringe aos pacientes graves. Mesmo os pacientes na enfermaria gozam de um benefício raro em hospitais públicos, que é a chamada "visita aberta", no HPSC batizada de "Programa Seja Bem-Vindo". Esse processo que funciona há cerca de um ano oportuniza que, por 12 horas durante o dia, o paciente tenha visitas liberadas, ao contrário do tradicional "horário de visita de meia hora ou uma hora" da maioria dos hospitais.
Enfim, a conquista materializada e dirigida aos procedimentos de captação de órgãos reflete um processo muito mais amplo de melhorias assistenciais que o HPSC vem implementando nos últimos anos.
Secretário da Saúde de Canoas
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