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Opinião

- Publicada em 05 de Outubro de 2015 às 18:20

A realidade econômico-financeira desafia o País

Mesmo sendo chamados de pessimistas o que não surpreende quando vem de adversários políticos, ambos os lados , integrantes da oposição ao governo federal não estavam muito longe da verdade. A taxa Selic já está em 14,25%. A esperança é que a dose de aumento tenha se esgotado, como muitas outras decisões tomadas pelo atual governo.
Mesmo sendo chamados de pessimistas o que não surpreende quando vem de adversários políticos, ambos os lados , integrantes da oposição ao governo federal não estavam muito longe da verdade. A taxa Selic já está em 14,25%. A esperança é que a dose de aumento tenha se esgotado, como muitas outras decisões tomadas pelo atual governo.
A inflação deverá rondar os 10% em 2015, e o nosso PIB Produto Interno Bruto deverá ser negativo em 2,8%, o que é lastimável, segundo especialistas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), e mesmo do exterior.
O Banco Central (BC) deu pistas de reajustes quando afirmou que estaria vigilante e não seria complacente com a inflação. Assim, chegamos à Selic de 14,25%. A equipe econômica anunciou, desde que tomou posse, que faria ajustes na economia, e a pressão inflacionária corroborou para um aumento maior dos juros.
Do lado da demanda, as vendas perderam fôlego sem isenções fiscais, crédito farto e subsidiado, além de reajustes fora da realidade financeira em programas sociais. Se a inflação seguir o IPC-S, pode romper o teto de 11% ou ficar muito próxima disso. Realmente, a perspectiva não é tranquila. De acordo com o relatório de mercado Focus, divulgado pelo BC, a mediana das previsões para a taxa básica de juros ao final do ano continuou em 14,25% ao ano.
O relatório Focus também mostrou poucas mudanças nas estimativas para o câmbio. A mediana das projeções para o dólar no fim de dezembro de 2015 foi mantida em R$ 4,00. Já para 2016, a cotação subiu para R$ 4,25.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, repetiu que, devido ao atual cenário para a inflação, o BC se manterá "especialmente vigilante". O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, afirmou que o Copom poderia recalibrar o aperto monetário caso considerasse oportuno. Então, não é uma questão de pessimismo, mas a realidade dos fatos.
A menor demanda por commodities e a concorrência desbragada que ocorre no comércio internacional fizeram a indústria brasileira despencar em diversos setores. Não dá para concorrer sem ter muita produtividade, poucos entraves burocráticos e uma infraestrutura que não encareça, como ocorre no Brasil, tudo aquilo que produzimos.
Pessimistas ou não, os adversários do governo alertavam para os problemas econômico-financeiros que estavam ocorrendo, e cujos indicadores não estavam vindo a público, não com o destaque que mereciam. Tudo era resultado de complôs oposicionistas, a começar pelos problemas na Petrobras.
Havia outros, a corrupção se espalhou em meio a setores municipais, estaduais e na União. Não são todos os órgãos públicos, evidentemente, menos ainda os agentes. Mas há uma licenciosidade e um relativismo ético e moral que facilitam os desmandos. Para ser bem claro, o roubo do dinheiro, que é do público, não é público, sem dono, como muitos pensam, erradamente.
A esperança é que as mudanças ministeriais, com a redução de oito órgãos, possam amenizar a falta de dinheiro que assombra os governos desde 2014, aí sendo incluídos União, estados e municípios.
É fato, as medidas e os cortes anunciados enviaram uma mensagem positiva para a população, cansada de tantos tributos e de não ter serviços que correspondam ao que é pago. Hoje, é a insegurança que preocupa, ao lado da educação e da saúde, pontos por demais desorganizados, por exemplo, aqui no Rio Grande do Sul.
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