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Imigração

- Publicada em 28 de Outubro de 2015 às 15:07

Áustria cogita erguer cerca na fronteira com a Eslovênia

Refugiados acampados da divisa têm se mostrado 'ansiosos, agressivos e emotivos', diz ministra do Interior

Refugiados acampados da divisa têm se mostrado 'ansiosos, agressivos e emotivos', diz ministra do Interior


RENE GOMOLJ/DIVULGAÇÃO/JC
A Áustria avalia construir uma cerca ao longo da fronteira com a Eslovênia para controlar o fluxo de refugiados e migrantes. A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, membro do partido conservador OVP, que integra a coalizão de governo ao lado dos social-democratas (SPO), afirmou ontem à emissora Oe1 que a medida serviria para "garantir uma entrada ordenada e controlada" no país, e não para fechar a fronteira.
A Áustria avalia construir uma cerca ao longo da fronteira com a Eslovênia para controlar o fluxo de refugiados e migrantes. A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, membro do partido conservador OVP, que integra a coalizão de governo ao lado dos social-democratas (SPO), afirmou ontem à emissora Oe1 que a medida serviria para "garantir uma entrada ordenada e controlada" no país, e não para fechar a fronteira.
"Nas últimas semanas, vários grupos de imigrantes se mostraram impacientes, agressivos e emotivos. Temos que tomar precauções", disse ela. O ministro da Defesa, Gerald Klug, membro do SPO, também endossou a proposta e afirmou que a cerca serviria "para controlar a chegada de migrantes de maneira organizada".
A rota de migrantes e refugiados que usam os Bálcãs para tentar chegar a países do norte da Europa mudou da Hungria para a Eslovênia depois de o governo húngaro concluir a construção de uma cerca nas fronteiras com a Sérvia e a Croácia, em setembro. Ontem, após um encontro do Conselho Nacional de Segurança, o premiê esloveno, Miro Cerar, afirmou que o país está pronto para construir uma cerca na fronteira com a Croácia caso a União Europeia falhe em conter o fluxo de pessoas nos Bálcãs.
As respostas dos governos à crise de refugiados na Europa parecem pôr em xeque instituições comunitárias, como a livre circulação de pessoas entre os países da área de Schengen. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, mais de 700 mil imigrantes e refugiados chegaram à Europa pelo Mediterrâneo neste ano apenas em outubro, foram 170 mil. Mais de 3.200 morreram desde janeiro na tentativa de alcançar o continente.

Alemanha enviará imigrantes afegãos de volta para casa

Muitos dos afegãos que chegaram à Alemanha nos últimos meses devem ser mandados de volta para casa. Segundo o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, a Alemanha e outras nações ocidentais investiram milhões para ajudar no desenvolvimento do Afeganistão, bem como enviaram soldados e policiais para treinar as forças locais, por isso, Berlim e Cabul concordam que esses cidadãos devem ficar e ajudar a reconstruir o país. De Maiziere disse que "as pessoas que vêm do Afeganistão não podem esperar que poderão ficar". A Alemanha implementou um plano para acelerar o processo de asilo para aqueles que fogem de guerras civis, como os sírios, para acomodá-los mais rapidamente. O país está, porém, simultaneamente acelerando as decisões sobre aqueles que têm argumentos mais fracos para pedir asilo. O ministro alemão informou que os afegãos serão considerados caso a caso.
A Alemanha também criticou a Áustria por levar imigrantes e refugiados à fronteira durante a noite sem aviso-prévio. O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, ressaltou que "o comportamento da Áustria nos últimos dias passou dos limites". Ele disse esperar que os dois países comecem "imediatamente" a cooperar mais.