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Veanezuela

- Publicada em 27 de Outubro de 2015 às 16:05

Maduro promete aceitar resultado de eleições na Veanezuela

Presidente venezuelano saudou avanços na legislação eleitoral

Presidente venezuelano saudou avanços na legislação eleitoral


JUAN BARRETO/AFP/JC
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou, na segunda-feira, um documento elaborado pelo partido governista que estabelece o compromisso de reconhecer sem contestação o resultado oficial da eleição parlamentar de 6 de dezembro. A assinatura do documento, qualificado de farsa pela oposição, se deu em cerimônia na sede do Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pela organização das eleições e apuração dos votos, que críticos acusam de ser alinhado ao chavismo.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou, na segunda-feira, um documento elaborado pelo partido governista que estabelece o compromisso de reconhecer sem contestação o resultado oficial da eleição parlamentar de 6 de dezembro. A assinatura do documento, qualificado de farsa pela oposição, se deu em cerimônia na sede do Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pela organização das eleições e apuração dos votos, que críticos acusam de ser alinhado ao chavismo.
"Respeitamos o árbitro eleitoral e sabemos dos tremendos avanços do sistema eleitoral que permitiram blindar a vontade popular como nunca antes nestes últimos 17 anos", disse Maduro, em referência ao período em que o chavismo está no poder. "Quem ganhar, ganhou. E quem perder, perdeu, nem que seja por um voto a mais ou a menos e ponto", afirmou o presidente, em aparente alerta à oposição, que considerou fraudulenta a eleição de Maduro, em 2013, e promoveu protestos.
O secretário-geral da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesus Torrealba, considerou o documento uma "palhaçada", já que seu teor foi todo elaborado por militantes do chavista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Opositores e governos de vários países manifestaram preocupação com possíveis fraudes na eleição venezuelana, na qual o chavismo chega impopular e assolado por uma grave crise econômica. Críticos pedem a presença de observadores internacionais, mas a Venezuela disse que só permitiria uma missão observadora da Unasul, bloco político sul-americano. O plano, porém, está em xeque desde que Caracas rejeitou o nome do magistrado e ex-ministro brasileiro Nelson Jobim para chefiar a missão.

Promotor que deixou o país afirma ter sido instruído a prender opositor Leopoldo López

A instabilidade política da Venezuela ganhou mais um ingrediente ontem, quando o promotor recém-fugido do país que denunciou suposta manipulação no julgamento do opositor Leopoldo López divulgou um segundo vídeo com novas acusações contra o Ministério Público do país.
López foi condenado a quase 14 anos de prisão sob pretexto de incentivar protestos violentos. Um dos principais responsáveis pela acusação contra ele, o promotor Franklin Nieves afirma na gravação que recebeu instruções para prender o opositor no dia 10 de fevereiro, dois dias antes dos acontecimentos pelos quais a ordem de prisão acabou emitida.
O promotor relata ter sido enviado a San Cristóbal, cidade no extremo oeste da Venezuela, onde havia protestos estudantis, para esperar e prender López, que planejava se juntar aos manifestantes. Após o cancelamento do voo que levaria o político de Caracas a San Cristóbal, o promotor diz ter sido despachado de volta à capital.
"Quando chegamos a Caracas, recebi uma chamada do diretor de atuação processual do MP porque iria começar uma investigação. Ele pediu que fosse emitida uma ordem de prisão contra López", diz Nieves, que vive em Miami, segundo o Wall Street Journal. No primeiro vídeo, divulgado no sábado, o promotor anunciou que havia decidido fugir por causa das "pressões" do governo para condenar López com provas falsas. A defesa do opositor exige a anulação do processo e da sentença.