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Internacional

- Publicada em 25 de Outubro de 2015 às 17:04

Bispos aprovam maior abertura a divorciados

Clérigos da Igreja Católica terão liberdade para decidir sobre os sacramentos caso a caso

Clérigos da Igreja Católica terão liberdade para decidir sobre os sacramentos caso a caso


ANDREAS SOLARO/AFP/JC
Bispos católicos reunidos no Sínodo da Família em Roma concordaram em uma maior abertura da igreja em relação a divorciados, mas rejeitaram mudanças na doutrina em relação aos homossexuais. O documento com as decisões do encontro, que durou três semanas, foi divulgado no sábado.
Bispos católicos reunidos no Sínodo da Família em Roma concordaram em uma maior abertura da igreja em relação a divorciados, mas rejeitaram mudanças na doutrina em relação aos homossexuais. O documento com as decisões do encontro, que durou três semanas, foi divulgado no sábado.
A medida dá alguma esperança a fiéis divorciados e casados novamente, o que é um avanço das reformas defendidas pelo Papa Francisco na doutrina. O texto enfatiza o papel do discernimento e da consciência individual na forma de lidar com situações familiares que fogem ao dogma da igreja - em uma vitória da ala progressista do clero.
De acordo com a doutrina atual, pessoas divorciadas e casadas novamente não podem receber sacramentos, como a comunhão, por estarem vivendo em pecado, já que o primeiro casamento continua válido aos olhos da igreja. Ao mesmo tempo em que o documento não aponta um caminho específico para que divorciados voltem a receber os sacramentos, ele abre a possibilidade de avaliações caso a caso pelos clérigos em relação a cada fiel.
Os três parágrafos que citam a questão atingiram por pouco os dois terços de votos necessários entre os participantes do sínodo, para constar no documento final.
A abertura dá ao Papa Francisco a possibilidade de manobrar para avançar na questão em um documento futuro. "A experiência do sínodo nos fez perceber melhor que os verdadeiros defensores da doutrina não são aqueles que se atêm à letra, mas a seu espírito; não a ideias, mas a pessoas, não a fórmulas, mas à disponibilidade ao amor de Deus e seu perdão", disse Francisco, no encerramento do encontro.
Já no que diz respeito aos homossexuais, não houve avanço significativo. O documento final reforça o ensinamento da igreja de que homossexuais não devem sofrer discriminação na sociedade, mas reafirma que não há "fundação alguma" para o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, o qual "não pode nem remotamente" ser comparado às uniões heterossexuais. Na prática, portanto, o sínodo não altera a doutrina em relação à questão dos homossexuais.
A disputada cúpula de 270 bispos expôs as profundas diferenças entre os prelados ante o pedido de Francisco para a Igreja se tornar mais misericordiosa e menos crítica. Os conservadores se ativeram à doutrina da Igreja e resistiram à pressão dos colegas mais progressistas, que queriam uma nova estratégia.
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