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Imigração

- Publicada em 20 de Outubro de 2015 às 16:33

Alemães fazem protestos a favor e contra imigrantes

As ruas de Dresden, na Alemanha, foram, na noite de segunda-feira, palco de protestos contra imigrantes e refugiados, sobretudo muçulmanos. Entre 15 mil e 20 mil pessoas se juntaram à marcha do movimento anti-imigração Pegida, que marcou um ano do surgimento do grupo.
As ruas de Dresden, na Alemanha, foram, na noite de segunda-feira, palco de protestos contra imigrantes e refugiados, sobretudo muçulmanos. Entre 15 mil e 20 mil pessoas se juntaram à marcha do movimento anti-imigração Pegida, que marcou um ano do surgimento do grupo.
"Dinheiro para nossas crianças em vez de dinheiro para refugiados", "Nos mantemos alemães" e "Merkel tem que sair" foram alguns dos dizeres em faixas carregadas por simpatizantes do Pegida, que significa "Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente". Alguns cartazes mostravam também mulheres de burca e um grande "X" vermelho sobre a foto.
A primeira marcha do movimento ocorreu em Dresden em outubro de 2014. Dresden é uma das principais cidades do leste da Alemanha, região do país onde a concentração de imigrantes é menor e onde acontecem mais atos de xenofobia.
Com cada vez mais apoiadores, o Pegida chegou a outras cidades da Alemanha, como Colônia, no oeste, e também a outros países, como a França. Em janeiro, o movimento chegou a reunir 25 mil pessoas, mas divisões e polêmicas em torno do fundador, Lutz Bachmann, fizeram com que o Pegida perdesse força nos meses seguintes.
Porém, a crise de refugiados e a abertura do governo aos solicitantes de asilo voltaram a atrair milhares para as marchas anti-imigração, baseadas no medo de que o novo fluxo de pessoas ameace o bem-estar no país e na Europa. "O Pegida não é xenófobo, nós simplesmente chamamos a atenção para muitos problemas que a Alemanha está enfrentando", disse Ester Seitz, uma das participantes da marcha. O país espera pelo menos 800 mil pedidos de refúgio até o final deste ano.
Do outro lado, entre 10 mil e 15 mil pessoas reuniram-se para marchar contra o aniversário do Pegida. Algumas das faixas diziam "Chega! Coração em vez de ódio", "Pegida: perverso, nojento, tóxico, irracional, estúpido, ridículo" e "Todos os partidos e organizações fascistas devem ser banidos".
As demonstrações de apoio aos refugiados são maioria entre os alemães, mas o crescente número de atos de xenofobia e a insistência de movimentos de extrema-direita têm preocupado cada vez mais as autoridades e causado revolta. "É absurdo que um grupo pequeno de pessoas consiga chamar tanta atenção e dar a Dresden a reputação de cidade nazista, mas estou feliz em ver as pessoas reunidas aqui. Finalmente, as pessoas acordaram", disse a manifestante anti-Pegida Renate Beckert.

Eslovênia quer usar Exército para controlar fluxo de refugiados

O governo esloveno decidiu ontem apresentar um projeto de lei visando permitir o uso do Exército para lidar com o fluxo de imigrantes, após exceder sua capacidade de absorver milhares de pessoas que chegam diariamente ao país. O governo mencionou pela primeira vez, no sábado, a possibilidade de usar os militares, mas disse, na ocasião, que não havia necessidade imediata disso. Três dias depois, foi surpreendido pela chegada de grandes contingentes pelo sul do país, que desejam seguir até a vizinha Áustria. "A chegada de imigrantes nos últimos três dias superou todas as capacidades gerenciáveis preparadas pela República da Eslovênia", afirmou o governo. "Ontem, quase 8 mil pessoas vieram para a Eslovênia." A administração disse que deseja garantir que a presença dos imigrantes ocorra de forma organizada, com "acomodação razoável". Na segunda-feira, o pequeno país alpino recusou entrada para um grupo de 1.800 pessoas que haviam entrado pela Croácia.