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Internacional
- Publicada em 19 de Outubro de 2015 às 22:44Croácia abre fronteira com a Sérvia
Aumento das chuvas e queda das temperaturas devem aprofundar a crise humanitária na região dos Bálcãs
ARMEND NIMANI/AFP/JC
A Croácia abriu a sua fronteira com a Sérvia para os imigrantes ontem, deixando entrar milhares de pessoas que tinham ficado presas por quase dois dias atrás dos portões. A crise humanitária vem crescendo desde sábado, quando a Hungria fechou a sua fronteira com a Croácia, criando uma reserva de imigrantes na região.
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A Croácia abriu a sua fronteira com a Sérvia para os imigrantes ontem, deixando entrar milhares de pessoas que tinham ficado presas por quase dois dias atrás dos portões. A crise humanitária vem crescendo desde sábado, quando a Hungria fechou a sua fronteira com a Croácia, criando uma reserva de imigrantes na região.
A porta-voz da Agência da ONU para refugiados (Acnur), Melita Sunjic, que está na divisa servo-croata, informou que, "sem qualquer anúncio, as fronteiras foram abertas e todos correram".
Entre 2 mil e 3 mil refugiados passaram a madrugada de segunda-feira sob frio e chuva na fronteira da Croácia, evidenciando a dificuldade das autoridades dos Bálcãs de lidar com a crise humanitária.
Após a Hungria ter fechado sua fronteira com a Croácia, no sábado, as principais rotas que os estrangeiros percorrem até a União Europeia e os países mais ricos da Europa Ocidental se desviaram para a Eslovênia.
Mais cedo, a Croácia enviou pelo menos dois trens e vários ônibus cheios de refugiados para o norte da fronteira com a Eslovênia, ação pela qual as autoridades croatas foram acusadas de quebrar acordos anteriores para limitar essas transferências em 2.500 pessoas por dia.
Autoridades croatas insistiram que tal acordo vinculativo não poderia ser aplicado porque eles não tinham poderes legais para limitar o número de viajantes da Croácia para abrigos de emergência.
A Acnur estima que existam mais de 10 mil imigrantes na Sérvia, mais que o dobro da média diária do mês passado. A tendência é que a situação humanitária nos Bálcãs se deteriore devido à queda das temperaturas e ao aumento das chuvas com a chegada do outono e a aproximação do inverno.
