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Imigração

- Publicada em 18 de Outubro de 2015 às 15:23

Turquia promete conter travessias de imigrantes

Merkel prometeu ajuda financeira a Davutoglu para financiar estadias

Merkel prometeu ajuda financeira a Davutoglu para financiar estadias


BULENT KILIC/AFP/JC
A Turquia e a União Europeia (UE) fizeram progressos em um plano que visa conter o movimento em massa de imigrantes através das fronteiras da Europa, mas várias questões ainda estão em discussão, afirmou o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, após uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel.
A Turquia e a União Europeia (UE) fizeram progressos em um plano que visa conter o movimento em massa de imigrantes através das fronteiras da Europa, mas várias questões ainda estão em discussão, afirmou o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, após uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Em uma entrevista coletiva conjunta com Merkel, Davutoglu reiterou a posição da Turquia de que uma zona de segurança precisa ser criada na Síria para ajudar a impedir o fluxo de refugiados, acrescentando que um novo conflito em torno da cidade síria de Aleppo aumentou o risco de um fluxo adicional de refugiados.
Merkel chegou em Istambul para discutir um plano da UE sobre a crise imigratória em momento no qual milhares de novas chegadas por dia estão pressionado a capacidade da Alemanha para acolher refugiados e imigrantes. Segundo o plano, os países europeus devem oferecer ajuda e concessões para a Turquia em troca de medidas para deter o fluxo de imigração irregular. Os incentivos envolveriam um pacote de ajuda de, pelo menos, €3 bilhões (US$ 3,4 bilhões) para auxiliar a Turquia a dar estadia aos mais de dois milhões de refugiados que estão atualmente no país e facilitar o acesso aos vistos da UE para os cidadãos turcos, disseram autoridades. Outro benefício seria reanimar as negociações sobre uma integração à UE.
Por outro lado, a Turquia deve melhorar os seus procedimentos de asilo e de documentação, além de reforçar os números de guarda de fronteiras e costa. "Eu aprecio o progresso que tem sido feito no plano de ação. No entanto, há várias questões que ainda precisam ser discutidas e resolvidas", disse Davutoglu na entrevista coletiva. "Estamos preparados para trabalhar em conjunto contra a imigração ilegal e contra traficantes de pessoas que exploram grupos indefesos, mas a cooperação é também necessária para uma solução na Síria, de modo que a imigração seja interrompida em sua fonte", argumentou.
Merkel, que está sob crescente pressão na Alemanha para reduzir o fluxo de entrada de imigrantes, disse que os dois líderes concordaram que nenhum país pode arcar com o ônus de refugiados sozinho. "O trabalho tem de ser compartilhado e a União Europeia tem um trabalho aqui." Ela salientou a vontade da Alemanha em apoiar os esforços da UE para facilitar a concessão de vistos para os turcos e deixou claro que espera uma implementação mais rápida de um acordo para levar de volta os imigrantes de países terceiros.
A chanceler também reconheceu que "a Turquia tem recebido pouco apoio internacional até agora para um grande esforço de cuidar de refugiados" da Síria e do Iraque e ressaltou a intenção da UE de proporcionar maior apoio financeiro. Ela disse que "isso é sobre o dinheiro adicional, tal como o entendemos; ainda temos que falar sobre os detalhes, é claro".

Eslovênia alerta para falta de capacidade em receber refugiados

Autoridades eslovenas advertiram ontem que a capacidade do país em lidar com o aumento do fluxo de refugiados está sob pressão. O fechamento da fronteira entre a Hungria e a Croácia levou milhares de pessoas a procurar por nova rota, com objetivo de chegar ao Norte da Europa.
Cerca de 3,3 mil imigrantes entraram na Eslovênia no sábado, dos quais 600 foram recebidos pela Áustria, informou Srecko Sestan. Autoridades disseram que a Eslovênia estava lidando com o aumento do fluxo, mas que dependia da possibilidade de os imigrantes passarem pela Áustria.
Em entrevista coletiva, o secretário de Estado do Ministério do Interior esloveno, Bostjan Sefic, afirmou que o país é capaz de lidar com cerca de 2,5 mil imigrantes por dia, mas recebeu um pedido da vizinha Croácia para permitir a entrada de 5 mil. Ele também alertou sobre relatos de que 15 mil a 20 mil pessoas estavam a caminho da Grécia para os Balcãs Ocidentais. Caso os números de imigrantes subam acentuadamente, "nesse caso, eu gostaria de salientar que não podemos falar de um Estado que funcione sem problemas", disse Sefic.
O governo esloveno advertiu no sábado que poderia deslocar militares para suas fronteiras, com o objetivo de ajudar a polícia a gerenciar o fluxo de imigrantes.