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Conflito

- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 14:53

Ofensiva russa viabiliza avanço sírio

Ataques têm o objetivo de atingir o Estado Islâmico e a Al-Qaeda

Ataques têm o objetivo de atingir o Estado Islâmico e a Al-Qaeda


AFP/JC
O superior-geral do Exército na Síria, Ali Ayoub, salientou, nesta quinta-feira, que os ataques russos ajudaram as forças do governo a lançarem uma ampla ofensiva no Centro e no Noroeste do país, onde possui um grupo afiliado à Al-Qaeda, bem como militantes do Estado Islâmico (EI) que avançaram em direção a importantes fortalezas do governo nos últimos meses. "Hoje (quinta-feira), as Forças Armadas sírias começaram um ataque de grande alcance, com o objetivo de eliminar os grupos terroristas e libertar as áreas e cidades que sofrem nas mãos deles", explicou.
O superior-geral do Exército na Síria, Ali Ayoub, salientou, nesta quinta-feira, que os ataques russos ajudaram as forças do governo a lançarem uma ampla ofensiva no Centro e no Noroeste do país, onde possui um grupo afiliado à Al-Qaeda, bem como militantes do Estado Islâmico (EI) que avançaram em direção a importantes fortalezas do governo nos últimos meses. "Hoje (quinta-feira), as Forças Armadas sírias começaram um ataque de grande alcance, com o objetivo de eliminar os grupos terroristas e libertar as áreas e cidades que sofrem nas mãos deles", explicou.
Ayoub explicou que os ataques russos têm facilitado uma operação militar maior "para eliminar os terroristas" - termo usado para se referir a todos contra o presidente Bashar al-Assad. O avanço terrestre teve um impulso depois que navios de guerra russos lançaram mísseis na quarta-feira. Os ataques alarmaram os Estados Unidos e seus aliados da Otan, em particular a Turquia e os ministros de Defesa da aliança. Segundo as autoridades russas, 26 mísseis partiram do navio e atingiram as províncias de Raqqa e Aleppo, no Norte, e a província de Idlib, no Noroeste. O EI tem fortalezas em Raqqa e Aleppo, enquanto o grupo afiliado à Al-Qaeda, a Frente Nusra, tem uma forte presença em Idlib. Ativistas em Raqqa disseram que ao menos um dos mísseis atingiu uma área aberta na cidade vizinha de Tabqa, causando uma enorme explosão.
Os ataques aéreos russos em Idlib mataram ao menos sete civis. Outros 40 foram mortos no primeiro dia de ações na semana passada, de acordo com ativistas e um grupo de direitos humanos. "Depois que os ataques aéreos russos começaram, reduziu a capacidade de luta do EI e de outros grupos terroristas", informou Ayoub.

Otan diz estar pronta para defender a Turquia

A Otan (Aliança Militar do Ocidente) diz estar preparada para enviar tropas à Turquia a fim de protegê-la frente à ameça representada pela escalada da intervenção russa na Síria. "A Otan está capacitada e pronta para proteger todos aliados caso seja necessário", enfatizou na quinta-feira o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg. A declaração ocorreu antes do início de uma reunião em Bruxelas, na Bélgica, entre os ministros da Defesa dos 28 países-membros da Otan sobre a "preocupante escalada das atividades militares russas" na Síria e "suas implicações para a segurança" do bloco. Os atritos vêm crescendo desde a semana passada quando a Força Aérea russa iniciou uma operação na Síria .
A tensão entre Moscou e Ancara aumentou quando jatos russos que operam na Síria invadiram duas vezes o espaço aéreo turco. "Não queremos quaisquer tensões com a Rússia, mas é nosso direito como vizinho esperar que a Rússia respeite as fronteiras e o espaço aéreo turcos e que respeite os interesses da Turquia com relação à Síria", exigiu o premiê turco, Ahmet Davutoglu. O presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, disse nesta quinta-feira que as ações militares da Rússia na Síria podem afetar sua parceria comercial. "Perder a Turquia pode ser uma grande perda para a Rússia", alertou Erdogan. "Se necessário, a Turquia pode buscar comprar gás natural de lugares diferentes."