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Síria

- Publicada em 07 de Outubro de 2015 às 15:24

Pentágono rejeita operações em conjunto com a Rússia

Para o secretário Ashton Carter, russos adotaram a 'estratégia errada'

Para o secretário Ashton Carter, russos adotaram a 'estratégia errada'


PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP/JC
O Pentágono não vai cooperar militarmente com a Rússia em suas operações antiterrorismo na Síria, porque a estratégia de Moscou é "tragicamente falha". A informação foi passada ontem pelo secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter.
O Pentágono não vai cooperar militarmente com a Rússia em suas operações antiterrorismo na Síria, porque a estratégia de Moscou é "tragicamente falha". A informação foi passada ontem pelo secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter.
Em entrevista concedida durante visita oficial a Roma, Carter ressaltou que os norte-americanos não colaborarão com Moscou enquanto a Força Aérea russa continuar "bombardeando posições de grupos que não são a facção radical Estado Islâmico (EI)". Até que os ataques cessem, afirmou, as autoridades militares dos dois países manterão conversas básicas e técnicas para evitar possíveis incidentes no espaço aéreo sírio.
Antes da fala de Carter, na Rússia, o porta-voz do ministério da Defesa, general Igor Konashenkov, disse que seu país poderia trabalhar em conjunto com os norte-americanos para "coordenar os bombardeios". "Apesar do que dizem os russos, nós não concordamos em cooperar com a Rússia enquanto eles continuarem com a estratégia errada de atingir alvos da oposição síria", argumentou Carter.
O secretário também disse estar preocupado com a grande ofensiva do Exército da Síria, iniciada ontem, com apoio de ataques aéreos russos sobre redutos da oposição em regiões no Centro do país. Além disso, criticou o "comportamento irresponsável" da Rússia de permitir a entrada de seus aviões no espaço aéreo da Turquia. As movimentações russas provocaram atrito entre o Kremlin e a Otan (aliança militar do Ocidente).
Desde que iniciou sua intervenção no conflito sírio, há uma semana, Moscou vem pressionando o Ocidente para coordenar esforços contra o EI. A Rússia busca uma solução que mantenha no poder o presidente Bashar al-Assad, cujo regime é aliado de longa data do Kremlin.
A posição russa é duramente criticada pelos EUA, que apostam na queda de Assad desde o início da guerra civil na Síria, há quatro anos e meio. Atualmente, Washington oferece apoio para grupos da oposição e, desde 2014, lidera uma campanha internacional de ataques aéreos contra alvos do EI sem, contudo, coordenar ações com o Exército sírio.

Navios de guerra lançam mísseis a partir do Mar Cáspio

Artefatos cruzaram cerca de 1,5 mil quilômetros e diversas fronteiras

Artefatos cruzaram cerca de 1,5 mil quilômetros e diversas fronteiras


AFP/JC
Quatro navios de guerra russos localizados no Mar Cáspio lançaram 26 mísseis contra posições da facção radical Estado Islâmico (EI) na Síria, disse o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, ao lado do presidente Vladimir Putin em um pronunciamento transmitido pela TV.
Para chegar à Síria, os mísseis percorreram cerca de 1.500 quilômetros e cruzaram diversas fronteiras nacionais. Shoigu insistiu que a operação destruiu todos os seus alvos e que não mirou áreas ocupadas por civis. A Rússia iniciou, há uma semana, uma campanha de ataques aéreos na Síria em favor do presidente Bashar al-Assad com o objetivo declarado de combater grupos terroristas. Até agora, Moscou usava bases no Mediterrâneo e na Síria para viabilizar sua operação.
Desde que começou seus bombardeios, a Rússia é criticada pelo Ocidente por supostamente ter atacado posições de rebeldes sírios apoiados pelos Estados Unidos, por enviar mais soldados e navios em apoio a Assad e por invadir o espaço aéreo da Turquia.