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Chuvas

- Publicada em 15 de Outubro de 2015 às 22:24

Porto Alegre contabiliza estragos do vendaval

Queda da cobertura da Imperadores do Samba feriu 11 pessoas

Queda da cobertura da Imperadores do Samba feriu 11 pessoas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Porto Alegre amanheceu, nesta quinta-feira, com diversos transtornos em decorrência dos fortes temporais registrados durante a noite e a madrugada. Uma das situações mais graves ocorreu às 22h30min de quarta, na quadra da escola Imperadores do Samba, na avenida Padre Cacique, onde a estrutura que cobre o local, feita de ferro e lona, desabou com as rajadas de vento que chegaram a 116km/h. Onze pessoas foram encaminhadas ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Na escola, estava sendo realizado um ensaio para o Carnaval de 2016. Na Vila Asa Branca, no bairro Sarandi, um homem foi levado pela correnteza ao atravessar um dique, por volta das 2h. Seu corpo foi encontrado pela manhã. A comunidade sofre frequentemente com as enchentes.
Porto Alegre amanheceu, nesta quinta-feira, com diversos transtornos em decorrência dos fortes temporais registrados durante a noite e a madrugada. Uma das situações mais graves ocorreu às 22h30min de quarta, na quadra da escola Imperadores do Samba, na avenida Padre Cacique, onde a estrutura que cobre o local, feita de ferro e lona, desabou com as rajadas de vento que chegaram a 116km/h. Onze pessoas foram encaminhadas ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Na escola, estava sendo realizado um ensaio para o Carnaval de 2016. Na Vila Asa Branca, no bairro Sarandi, um homem foi levado pela correnteza ao atravessar um dique, por volta das 2h. Seu corpo foi encontrado pela manhã. A comunidade sofre frequentemente com as enchentes.
Além dos bairros Sarandi e Humaitá, que foram afetados de forma generalizada, mais 20 pontos da cidade apresentaram alagamentos. Quem precisou se deslocar de carro ou utilizar o transporte público enfrentou congestionamentos durante a manhã, causados tanto pelos bloqueios das ruas quanto pelos semáforos sem funcionamento. Dos cerca de mil semáforos da cidade, 60 estavam desligados até o meio-dia. A prefeitura recomendou que as pessoas não saíssem de casa devido ao grande risco de acidentes, uma vez que muitas árvores caíram e fios elétricos estavam soltos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) contabilizou 351 árvores caídas, o equivalente a 170 toneladas de material.
Os relatos do temporal da noite de quarta-feira são assustadores. As fortes rajadas de vento, acompanhadas pela chuva e o granizo, quebraram vidros em prédios residenciais e também na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) no exato momento em que os alunos saíam da aula. As portas principais da biblioteca da instituição ficaram estilhaçadas. Postos de gasolina tiveram parte de suas coberturas levadas pelo vento, e casas foram destelhadas. Muitos outdoors também despencaram com as rajadas. No cruzamento da rua Garibaldi com a Voluntários da Pátria, um carro ficou parcialmente submerso ao cair em um buraco.
A Zona Sul de Porto Alegre também teve registro de transtornos. Muitas pedras de basalto do calçadão de Ipanema ficaram soltas. O nível do Guaíba segue alto, impossibilitando a passagem de pedestres pela parte inferior da orla. No bairro Guarujá, a bifurcação entre as ruas Jacipuia e Oiampi ficou totalmente alagada, e a passagem de veículos foi interrompida. O abastecimento de água estava desligado nos bairros Espírito Santo, Medianeira, Vila Nova, Santa Teresa, Belém Velho e Nonoai.

Um terço dos clientes da CEEE ficou sem luz durante a madrugada

Na manhã desta quinta-feira, quem precisou sair de casa a partir de qualquer região da Capital se deparou com bloqueios em vias em decorrência da queda de árvores. Em muitos pontos, caíram sobre os fios de iluminação, deixando bairros às escuras. De acordo com a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D), 200 mil clientes ficaram sem energia elétrica em Porto Alegre durante a madrugada, o que representa um terço das residências atendidas pela companhia na Capital. De acordo com o diretor de distribuição da CEEE-D, Júlio Hofer, no final da manhã, 90 mil clientes continuavam sem energia - às 18h, eram 66 mil. "Esse número não é normal e se deu pelo tipo de evento climático que passamos. Os ventos fortes e os raios fizeram com que muitas árvores caíssem sobre os fios, junto com telhas e materiais das residências. A rede foi danificada, com postes e transformadores derrubados", explica.
Segundo Hofer, esse tipo de problema leva mais tempo para ser sanado, pois a rede precisa ser reconstruída. Cerca de 500 trabalhadores da companhia foram mobilizados, e o primeiro trabalho foi restituir a energia nos locais prioritários, como hospitais, postos de saúde e estações de abastecimento de água.
A falta de energia elétrica prejudicou o abastecimento de água de 60% dos moradores. A Estação Menino Deus, que é a maior de Porto Alegre e abastece 39 bairros, ficou sem funcionar desde a noite de quarta-feira. A Estação Tristeza passou pela mesma situação, causando desabastecimento na zona Sul. O mesmo ocorreu com a Estação da Ilha da Pintada.

Hospital de Clínicas tem vidros quebrados e danos em equipamentos

Uma operação de emergência foi montada pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre nesta quinta-feira e deve continuar nesta sexta, em função dos estragos causados pelo temporal. Houve quebra de vidros, destelhamento, alagamentos e danos a equipamentos, entre outros problemas.
Com a inutilização temporária de alguns leitos, inclusive no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), pacientes tiveram que ser remanejados. Considerando que o hospital está sempre operando em sua ocupação máxima e agora alguns leitos estão bloqueados, a situação complica o recebimento de novos pacientes. O Clínicas solicitou que as pessoas evitem procurar a emergência da instituição nas próximas 48 horas. Os pacientes que não compareceram podem remarcar suas consultas pelo telefone (51) 3359.8311.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que muitas unidades de saúde ficaram sem energia elétrica, telefone e internet em razão do temporal. Dessa forma, os funcionários fizeram exclusivamente o acolhimento e direcionaram os pacientes, conforme o grau de necessidade. Poucas unidades sofreram alagamento e precisaram ser fechadas.