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Geral

- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 22:35

Colégio recebe pedidos de transferência

Diretora Ana Maria mostra as infiltrações

Diretora Ana Maria mostra as infiltrações


FREDY VIEIRA/JC
Jessica Gustafson
Após a Secretaria de Obras, Habitação e Saneamento do Estado emitir um laudo descartando a possibilidade de desabamento da estrutura do Colégio Estadual Protásio Alves, em Porto Alegre, as aulas, suspensas desde segunda-feira, após tremores sentidos no local, foram retomadas nesta quinta. Logo que chegou à instituição, a diretora, Ana Maria de Souza, recebeu três pedidos de transferência por parte dos alunos, que, assim como os professores, seguem inseguros. "Ao analisar o laudo, chegamos à conclusão de que não deveríamos ter reaberto a escola, pois não sabemos os locais que apresentam perigo. Somente a escada da entrada principal foi interditada, mas temos salas próximas sendo utilizadas mesmo apresentando muitas rachaduras", afirmou.
Após a Secretaria de Obras, Habitação e Saneamento do Estado emitir um laudo descartando a possibilidade de desabamento da estrutura do Colégio Estadual Protásio Alves, em Porto Alegre, as aulas, suspensas desde segunda-feira, após tremores sentidos no local, foram retomadas nesta quinta. Logo que chegou à instituição, a diretora, Ana Maria de Souza, recebeu três pedidos de transferência por parte dos alunos, que, assim como os professores, seguem inseguros. "Ao analisar o laudo, chegamos à conclusão de que não deveríamos ter reaberto a escola, pois não sabemos os locais que apresentam perigo. Somente a escada da entrada principal foi interditada, mas temos salas próximas sendo utilizadas mesmo apresentando muitas rachaduras", afirmou.
A chuva intensa desta quinta-feira agravou ainda mais a situação no colégio, que possui cerca de 2 mil estudantes. Diversos baldes foram espalhados pelo hall de entrada do prédio e nas salas próximas. De acordo com a diretora, a água verte pelas rachaduras como se fosse uma cachoeira. A sala destinada à direção já não está sendo mais usada devido ao cheiro de mofo.
"Caiu um pedaço do teto. Ainda bem que eu não estava na sala, pois seria na minha cabeça. Logo acima, temos a sala da vice-direção, que também tem problemas, e não podemos transferir os computadores para outro local. O responsável pela informática saiu do colégio depois que o seu salário não foi pago", contou.
A entrada dos alunos, antes feita pela avenida Ipiranga, foi alterada para a avenida Érico Verissimo. Ana Maria ressalta que a segurança dos estudantes é mais uma das preocupações, pois a via é famosa pelos assaltos, principalmente à noite. "Temos o terceiro turno na colégio e nenhum segurança para ficar na porta. Não consegui dormir à noite pensando em tudo isso", revelou.
A aluna Natália Silveira, de 16 anos, conta que está cogitando pedir transferência para outra escola. Ela cursa o 2º ano do Ensino Médio e teme que os problemas prejudiquem o desempenho no Enem e no vestibular. "Não nos sentimos nada seguros aqui. Ficamos com muito medo de perder mais aulas e prejudicar nossos estudos. Além disso, tem duas salas que podem desabar a qualquer momento. Desde que começaram os cortes de verba do governo, o colégio começou a ficar sucateado, sem dinheiro para fazer qualquer reforma", disse. O relato é respaldado por outros colegas, que classificam a estrutura do Protásio como "precária".
No turno da manhã, as aulas foram realizadas até as 10h, quando começou uma reunião com a Secretaria Estadual da Educação para tratar das obras emergenciais. A diretora disse que o representante enviado pela pasta tentou apenas acalmar os ânimos e não trouxe nenhuma informação sobre quando as obras se iniciarão ou como serão as intervenções. O secretário Vieira da Cunha irá à escola nesta sexta-feira, às 15h, para uma reunião com a direção, professores, pais e alunos. O objetivo é esclarecer eventuais dúvidas em relação à interdição do acesso principal.
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